A Polícia Civil de Alagoas (PC/AL) revelou, em coletiva de imprensa realizada nesta terça-feira (21), detalhes sobre o assassinato de Crislany da Silva e o desaparecimento de sua filha, Celine Raíssa, de apenas dois meses. As duas estavam desaparecidas desde o dia 12 de outubro, após saírem de casa no município de Rio Largo.


O corpo de Crislany foi encontrado na segunda-feira (20) em uma área de mata no bairro Benedito Bentes, em Maceió. Segundo o delegado João Marcos, o crime foi premeditado, e o principal suspeito é um amigo da família, que foi preso e teria um envolvimento amoroso com o pai da bebê, companheiro da vítima.

Em depoimento, o suspeito confessou o assassinato de mãe e filha, mas o paradeiro da criança ainda é desconhecido. O pai de Celine foi ouvido duas vezes pela polícia, mas até o momento não é considerado suspeito.


De acordo com a investigação, o crime teria sido cometido com uma arma branca. Contudo, devido ao avançado estado de decomposição do corpo, apenas o laudo do Instituto Médico Legal (IML) poderá confirmar a causa da morte.

Câmeras de segurança registraram Crislany e o suspeito desembarcando de um carro de aplicativo em frente a um supermercado no Benedito Bentes, a cerca de 400 metros do local onde o corpo foi encontrado. O motorista do veículo foi identificado e prestou depoimento, relatando que os dois permaneceram em silêncio durante todo o trajeto.

“O que podemos adiantar é que havia um suposto triângulo amoroso. O homem preso era amigo da família, e os depoimentos sugerem que ele mantinha algum tipo de relação com o companheiro da vítima, o que pode indicar um crime passional. No entanto, apenas o aprofundamento das investigações poderá esclarecer o que realmente aconteceu”, afirmou o delegado João Marcos.

Com a localização do corpo, o caso foi encaminhado para a Delegacia de Homicídios. O delegado Ronilson Medeiros, coordenador do setor de pessoas desaparecidas da Polícia Civil, informou que as buscas agora estão concentradas em encontrar a bebê Celine Raíssa.