Uma discussão entre duas mulheres terminou em agressão física e registro de ocorrência policial na manhã da última quarta-feira (5), no bairro Zélia Barbosa Rocha, em Arapiraca. O caso foi atendido por guarnições da Rádio Patrulha do 3º Batalhão da Polícia Militar.

De acordo com o boletim de ocorrência, a vítima relatou que a agressora estava em um bar em frente à sua residência desde o dia anterior, com o som ligado em volume alto, causando incômodo à vizinhança. Quando na manhã, da última quarta-feira, 5, sua irmã teria ido pedir que o som fosse desligado, explicando que cuidava da mãe doente e de um sobrinho autista, a denunciada teria reagido com ofensas racistas, afirmando: “sua macaca, eu não gosto de negro, fique na sua”.

A vítima informou que, inicialmente, apenas observou, mas decidiu intervir após novas ofensas dirigidas à sua irmã. Ao questionar o motivo do preconceito, foi chamada de “rapariga” e agredida fisicamente. Para se defender, ela puxou o cabelo da agressora e conseguiu correr até a Central de Polícia de Arapiraca, onde acionou a PM.

Durante a ocorrência, os policiais constataram marcas de unhas e vermelhidões nos braços e pescoço da vítima, confirmando sinais de agressão. A mulher recusou atendimento médico imediato, afirmando que procuraria a UPA caso sentisse necessidade. Uma testemunha no local confirmou a versão apresentada.

A suspeita, por sua vez, apresentava apenas um vermelhidão no braço esquerdo. A guarnição registrou fotografias das lesões e anexou ao processo.

Diante dos fatos, foi confeccionado um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) pelo crime de lesão corporal leve, conforme o artigo 129 do Código Penal. Ambas as partes foram orientadas e liberadas no local, comprometendo-se a comparecer em juízo.