Um morador de rua de aproximadamente 17 anos de idade vive dias de ansiedade diante do sonho em reencontrar os pais biológicos na cidade de Arapiraca.

Perambulando nas ruas há mais de dois anos, após receber carinho durante um longo período no Abrigo Mãe Rainha, localizado na zona rural da cidade, o jovem não lembra o nome dos pais, assim como onde eles residem. A lembrança dos genitores ficou esquecida em meio às reminiscências da infância, mas não a ponto de fugir totalmente da esperança do reencontro.

O adolescente foi encontrado na manhã desta terça-feira (11) pedindo ajuda aos policiais do Posto Rodoviário do 3°BPM. O morador de rua estava passando fome e foi acolhido pelos militares, que lhe ofertaram um café da manhã.

Uma equipe do Portal Já é Notícia esteve no local e conversou com o jovem. “Morei alguns anos no Abrigo Mãe Rainha, onde me registraram com o nome de João Vitor da Silva. Queria encontrar minha mãe e meu pai, mas não sei o nome deles, nem onde moram”, afirmou o adolescente.

Preocupado com o desequilíbrio social sofrido há tantos anos pelo garoto, o Portal Já é Notícia procurou o diretor do abrigo Mãe Rainha, Zeilton Oliveira da Silva, para buscar maiores informações sobre a história de João Vitor, na intenção de criar uma campanha nas redes sociais para reencontrar sua família.

O diretor do abrigo informou que o jovem havia sido encontrado chorando em frente a uma igreja quando tinha aproximadamente sete anos de idade. Segundo informações, uma equipe do Conselho Tutelar de Arapiraca encontrou o garoto e o encaminhou ao abrigo, onde recebeu carinho e educação por vários anos.

Sem querer se dedicar aos estudos e a obedecer aos educadores do abrigo, João Vitor preferiu morar nas ruas da cidade, onde atualmente vive em meio à extrema pobreza.

“Cuidamos de João Vitor como se fosse um filho”, afirmou Zeilton. “Às vezes ficava emocionado com as histórias dele. Certo dia me pediu para conseguir um emprego, pois queria juntar dinheiro para comprar uma Mãe”, relatou.

O diretor do abrigo informou ainda que, quando o garoto foi acolhido, não se lembrava de quase nada. “Procuramos o Ministério Público e conseguimos registra-lo com esse nome, porém não é o mesmo nome atribuído pelos pais biológicos”, disse.

João Vitor informou que há três dias dormia em baixo de uma árvore próximo ao SESI e que não vai descansar enquanto não reencontrar os pais.

Caso alguém tenha alguma informação sobre a família do adolescente, pode entrar em contato por telefone com o Portal Já é Notícia (82) 9806-2288 ou através do e-mail [email protected].