O ex-governador de Alagoas, Teotônio Vilela Filho, conhecido como Téo Vilela, continua sendo uma das figuras mais emblemáticas da história do PSDB e agora avalia o que deverá ser feito da legenda para que ela sobreviva.

Fundado em 1988 a partir de uma dissidência do MDB, o PSDB foi uma das maiores legendas do Brasil, atingindo seu auge durante os governos de Fernando Henrique Cardoso. No entanto, nos últimos anos, o partido enfrenta uma crise profunda, com perda de relevância e enfraquecimento na cena política nacional.

O atual cenário de declínio tem levado lideranças tucanas a considerar a fusão com outras siglas como uma alternativa para a sobrevivência do partido. Uma das possibilidades mais concretas é a fusão com o PSD, presidido por Gilberto Kassab. Segundo o colunista Flávio Gomes de Barros, do portal TNH1, essa união é vista como uma das saídas viáveis para evitar um colapso definitivo do PSDB.

Apesar de estar afastado das discussões diretas sobre o futuro do partido, Téo Vilela pretende se reunir ainda em fevereiro com Marconi Perillo, atual presidente nacional do PSDB, para entender melhor a situação. Vilela destaca que a maioria dos governadores tucanos já apoia a ideia da fusão, o que demanda uma análise cuidadosa sobre os impactos dessa decisão.

"Reconhecidamente, o PSDB está muito mal e precisa realmente, pelo menos, preencher as exigências legais para sobreviver como partido. É uma situação muito ruim...", afirmou Vilela, refletindo o momento delicado da legenda. Embora esteja distante das negociações formais, o ex-governador não descarta a fusão como uma solução necessária diante do atual cenário.

Em Alagoas, o comando do PSDB está nas mãos de Pedro Vilela, ex-deputado federal e sobrinho de Téo Vilela. O desfecho dessa possível fusão ainda é incerto, mas o debate promete ser decisivo para o futuro da legenda que, por décadas, teve um papel central na política brasileira.