Rei do Bolero, Lindomar Castilho morre aos 85 anos: artista teve a carreira marcada por sucessos e crime brutal
Morreu na sexta-feira, 19 o cantor Lindomar Castilho, aos 85 anos, em Goiânia (GO). Um dos nomes mais emblemáticos da música brega brasileira, o artista fez enorme sucesso nas décadas de 1970 e 1980, tornando-se um dos maiores vendedores de discos do país. A causa da morte não foi divulgada pela família.
Conhecido nacionalmente como o “Rei do Bolero”, Lindomar Castilho embalou gerações com sua voz dramática e romântica, dando forma a boleros e sambas-canção que marcaram época. Entre seus maiores sucessos estão “Vou Rifar Meu Coração” e “Você É Doida Demais”, canção que voltou a ganhar destaque ao se tornar tema de abertura da série Os Normais, exibida pela TV Globo entre 2001 e 2003.
Nos últimos anos, o cantor vivia de forma reclusa em um apartamento em Goiânia. Diagnosticado com Parkinson, Lindomar enfrentava uma saúde fragilizada havia cerca de uma década, longe dos palcos e da vida artística. O velório está marcado para a tarde deste sábado, 20, no Cemitério Santana, na capital goiana.
A morte foi confirmada nas redes sociais pela filha, Lili De Grammont, que publicou uma mensagem de tom reflexivo e emocional. “O que te faz ser quem você é? As palavras não são suficientes para explicar o que estou sentindo. Só sinto uma humanidade imensa e o quanto estamos nesta terra para evoluir”, escreveu.
Apesar da trajetória de sucesso na música popular brasileira, a história de Lindomar Castilho também ficou marcada por um dos crimes mais chocantes da cena artística nacional. Em 1981, o cantor assassinou com cinco tiros a ex-esposa, a cantora Eliane de Grammont, então com 26 anos, durante uma apresentação em São Paulo. Condenado a 12 anos de prisão, ele cumpriu parte da pena e deixou a cadeia nos anos 1990.
O crime teve grande repercussão nacional e se tornou símbolo da luta contra a violência doméstica no Brasil, fortalecendo o lema “quem ama não mata”. Anos depois, Lili De Grammont voltou a se manifestar publicamente sobre o episódio, fazendo um desabafo contundente. “Ao tirar a vida da minha mãe, também morreu em vida. O homem que mata também morre. Morre o pai e nasce um assassino, morre uma família inteira”, afirmou.
Em outra reflexão compartilhada nas redes sociais, a filha destacou a finitude humana e a necessidade de evolução pessoal. “Somos finitos, nem melhores nem piores do que o outro, não somos donos de nada e nem de ninguém. Somos seres inacabados que precisam olhar para dentro e buscar o melhor de si”, escreveu, ao se despedir do pai.
Após deixar a prisão, Lindomar Castilho ainda retornou à música por um curto período e lançou um álbum ao vivo em 2000. Com o passar do tempo, no entanto, afastou-se definitivamente dos palcos. Em entrevista, em 2012, revelou que estava aposentado e que não cantava “nem no chuveiro”, optando por uma vida simples e reservada após enfrentar diversos problemas de saúde, incluindo complicações nas cordas vocais.
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