Morre, aos 73 anos, fotógrafo britânico Martin Parr
O fotógrafo britânico Martin Parr, famoso por suas fotos que retratavam com humor o cotidiano de seu país, morreu no sábado (6) aos 73 anos, anunciou sua fundação neste domingo (7) em um comunicado.
"É com grande tristeza que anunciamos que Martin Parr (1952-2025) morreu ontem em sua casa em Bristol [na Inglaterra]", informou a fundação, simultaneamente à Magnum Photos, agência para a qual o fotógrafo trabalhou por muitos anos. A causa não foi divulgada.
Parr alcançou a fama com uma estética muito reconhecida de primeiros planos, cores saturadas e um toque britânico marcante. Seus temas preferidos, como o turismo de massa e o consumismo, lhe deram projeção além do mundo dos aficionados pela fotografia.
Em 2015, ele falou com o g1 na abertura de sua primeira exposição individual no Brasil. Na ocasião, ele recusou o título de "herói" da fotografia. "Vi a comparação [no texto da curadoria impresso na parede] quando cheguei à galeria hoje cedo. Achei ótimo, mas foi um exagero".
A obra de Parr, de caráter quase documental e às vezes tachada de "kitsch" (estilo caracterizado pelo uso excessivo de cores e materiais), lhe rendeu tanto admiradores quanto críticos.
Parr dizia sentir-se atraído por objetos incomuns, como cartões-postais e cores. "Depois que experimentei as cores, não voltei atrás", declarou à AFP em 2022.
Foi em meados da década de 1980 que alcançou o reconhecimento com "Last Resort", uma série de fotografias de turistas de classe média em Brighton, que incluíam o típico fish and chips (peixe com batatas fritas), banhistas bronzeados e parques de diversões infantis.
Estas imagens marcaram o rumo de seu trabalho posterior, com o uso do flash mesmo em ambientes externos, e um ponto de virada no estilo da fotografia documental britânica, apesar de alguns terem criticado sua perspetiva sobre a classe trabalhadora.
O turismo de massa foi, sem dúvidas, o tema central da carreira, e suas fotografias de visitantes fingindo sustentar a Torre inclinada de Pisa ou de japoneses amontoados em uma praia artificial tornaram-se mundialmente famosas.
"Amo e odeio a Inglaterra ao mesmo tempo", declarou após o Brexit em 2016, ao qual se opôs. "O que faço na minha fotografia é capturar esta ambiguidade... quero poder expressar as contradições inglesas: há bom gosto e mau gosto, e tento fundi-los nas minhas fotografias".
Ao todo, Parr tem mais de 100 livros publicados, e seu trabalho faz parte dos acervos de museus como o Tate, de Londres, o Museu de Arte Moderna (MoMA), de Nova York, e o Centre Pompidou, de Paris.
Nascido em Surrey em 23 de maio de 1952, foi iniciado na fotografia por seu avô, um apaixonado pelo meio. Parr deixa a esposa, Susie, uma filha, Ellen, e um neto, George.
O britânico tornou-se membro da agência Magnum em 1994, apesar da rejeição inicial do histórico fotógrafo Henri Cartier-Bresson, que considerava o trabalho de Parr ofensivo às personagens retratadas. Mais tarde, ele dirigiu a agência entre 2013 e 2017.
Últimas Notícias
VÍDEO: Dono de residência onde homem foi morto em Arapiraca encontrou portas abertas pela manhã; vítima deixaria imóvel na quarta
Concurso da Caixa: inscrições acabam nesta segunda para salários de até R$ 16,4 mil; veja como participar
Carro colide contra muro e motorista sofre ferimentos no rosto em Arapiraca
Homem apenas de cueca é assassinado a pauladas em residência no Manoel Teles
Homem é flagrado se masturbando na frente de criança de 11 anos em Maceió
Vídeos mais vistos
Morte em churrascaria de Arapiraca
3º BPM realiza formatura do1º Ciclo de Instruções de Nivelamento Operacional
Homem que conduzia motocicleta pela contramão morre ao ter veículo atingido por carro, em Arapiraca
Sandubaria Escritório reabre suas portas na Avenida Ceci Cunha

