Irmãos de médica presa por matar ex-companheiro apresentam nova versão e alegam abuso contra criança

Por Redação 21/11/2025 18h06 - Atualizado em 21/11/2025 19h07
Por Redação 21/11/2025 18h06 Atualizado em 21/11/2025 19h07
Irmãos de médica presa por matar ex-companheiro apresentam nova versão e alegam abuso contra criança
Reprodução - Foto: Reprodução

Dois irmãos da médica Nádia Thamires, presa após matar o ex-companheiro, o médico Alan Carlos de Lima Cavalcante, de 41 anos, em Arapiraca, divulgaram nesta sexta-feira (21) um vídeo nas redes sociais com uma nova versão sobre o caso. Nayara Thaís e Elias defenderam a irmã, confirmando a denúncia de estupro contra a filha de Nádia, de apenas dois anos, e relatando detalhes sobre a condição psiquiátrica da mãe da médica.

Segundo Nayara, a família possui exames, laudos e documentos que comprovariam a violência contra a criança. Ela afirma que o abuso foi denunciado há mais de um ano, mas o processo ainda seguia na Justiça sem definição.
“Houve o estupro, sim, da minha sobrinha. Diferente do que está sendo divulgado, nós temos as provas”, declarou.

A irmã explicou que a família optou pelo silêncio para não interferir nas investigações, mas decidiu se pronunciar após a grande repercussão do caso.
“Diante dos últimos fatos, entendi que havia necessidade de esclarecer, já que minha irmã não pode falar”, afirmou.

Nayara também fez críticas a familiares maternos e paternos da criança. Ela relatou que a mãe de Nádia, avó da menina, é paciente psiquiátrica e carrega traumas graves desde a infância.
Segundo a irmã, a avó teria tentado suicídio pela primeira vez aos nove anos, além de ter sido estuprada aos onze — o que, segundo Nayara, influencia sua compreensão sobre abuso sexual.

Ela também citou que o irmão mais velho possui histórico psiquiátrico e já teria ateado fogo na casa da mãe durante um surto, fato registrado pela imprensa em 2019, no bairro Santa Edwiges, em Arapiraca.
“Meu irmão responde a vários processos da Lei Maria da Penha, inclusive contra a minha mãe”, afirmou.

A família ainda questiona a decisão que transferiu a guarda provisória da criança para as avós, afirmando que a menina foi retirada da rotina de terapias e não estaria recebendo os cuidados necessários.
“Minha sobrinha está exposta. Não está sendo medicada corretamente e foi retirada das terapias”, disse.

Segundo os irmãos, Nádia vivia com medo e afirmava estar sendo perseguida, buscando proteção para a filha.

O crime aconteceu no último domingo (16), em frente a uma Unidade Básica de Saúde na zona rural de Arapiraca, e foi registrado por câmeras de segurança. De acordo com a investigação, Nádia disparou contra o ex-marido dentro do carro. Na casa da vítima, a polícia apreendeu duas armas registradas em nome do casal, que serão periciadas.

A Justiça decretou a prisão preventiva da médica, que está detida no Presídio Feminino Santa Luzia.