Polícia do RJ identifica mortos e afirma que 40 são de outros estados; lista atual não possui alagoanos

Por Redação com Folha de São Paulo 01/11/2025 10h10
Por Redação com Folha de São Paulo 01/11/2025 10h10
Polícia do RJ identifica mortos e afirma que 40 são de outros estados; lista atual não possui alagoanos
Imagem de drone mostra corpos levados a praça no Complexo da Penha, na Zona Norte do Rio de Janeiro, no dia 29 de outubro de 2025 - Foto: Ricardo Moraes/Reuters

O Governo do Rio de Janeiro confirmou, até ontem, de sexta-feira, 31, a identificação de 99 mortos na Operação Contenção, realizada contra o Comando Vermelho nos complexos do Alemão e da Penha. A ação policial é considerada a mais letal da história do Brasil, resultando em 121 mortes, incluindo quatro policiais.

Segundo a gestão de Cláudio Castro (PL), 40 dos mortos são de outros estados: 13 do Pará, sete do Amazonas, seis da Bahia, quatro do Ceará, um da Paraíba, quatro de Goiás, um de Mato Grosso e três do Espírito Santo. Até o momento, não há alagoanos na lista.

O delegado Felipe Curi, secretário da Polícia Civil, informou que 42 dos 99 identificados tinham mandados de prisão pendentes e que ao menos 78 possuíam histórico criminal relevante, incluindo homicídio, tráfico de drogas e participação em organização criminosa.

A comparação da lista divulgada pelo governo com documentos de mandados de prisão mostra que ao menos seis pessoas com mandado ativo foram mortas na operação. Nenhuma delas, no entanto, constava na lista de suspeitos da denúncia do Ministério Público que motivou a ação policial. Entre os alvos da operação está Edgar Alves de Andrade, conhecido como Doca, líder do Comando Vermelho, que continua foragido.

Durante coletiva, o governo classificou todos os 117 suspeitos mortos na operação como “narcoterroristas”, destacando o alcance nacional da facção, com lideranças provenientes de quatro das cinco regiões do país. Pelo menos um terço dos presos na operação também veio de fora do estado do Rio de Janeiro.

As informações preliminares indicam que os complexos do Alemão e da Penha funcionam como centros de comando, treinamento tático e tomada de decisão da facção. Investigações apontam que integrantes recebem instruções sobre armamento, uso de explosivos e técnicas de combate. A facção movimenta cerca de 10 toneladas de drogas por mês nessas áreas, além de negociar aproximadamente 50 fuzis mensalmente.