Arte botânica da alagoana Olga Bastos é tema de pesquisa na Universidade Federal de Sergipe

Por Assessoria 02/10/2025 11h11
Por Assessoria 02/10/2025 11h11
Arte botânica da alagoana Olga Bastos é tema de pesquisa na Universidade Federal de Sergipe
Arte botânica da alagoana Olga Bastos é tema de pesquisa na Universidade Federal de Sergipe - Foto: Divulgação

A delicadeza e a força da arte de Olga Bastos, artista alagoana que transforma flores em obras cheias de vida, atravessou fronteiras e chegou às salas da Universidade Federal de Sergipe (UFS). A jovem Vitória Cristine, aluna do curso de Ciências Biológicas e da Saúde, escolheu a obra da artista como tema central do seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), e a boa notícia é que o estudo foi aprovado.

Motivada pela busca de maior representatividade de mulheres nordestinas na produção científica, Vitória encontrou em Olga não apenas inspiração, mas também material rico para análise. A escolha não foi por acaso: “Era importante que o artista trabalhasse com elementos da flora de forma clara, para que pudessem ser identificados. E nada mais justo que fosse uma mulher, nordestina e conterrânea minha”, conta a recém-formada.

Durante a pesquisa, Vitória mergulhou no universo da arte botânica de Olga, investigando as plantas utilizadas em suas obras, identificando se eram nativas ou exóticas, e a relevância cultural dessas representações.

Além de artista visual, Olga Bastos também é publicitária. Ela se encantou pela técnica milenar japonesa Oshibana, que utiliza flores desidratadas para compor quadros delicados e cheios de vida, e essa descoberta marcou sua relação com a botânica.

Sua trajetória como artista começou em 2015, com a obra de um beija-flor feito de flores naturais, que logo lhe rendeu convites para exposições. Desde então, suas criações já ocuparam espaços de destaque, incluindo uma mostra no Museu Nacional a convite do Instagram, onde apresentou o quadro “Azulão”, também projetado no Museu de Arte Moderna (MAM).

Agora, sua produção também ganha um olhar científico, provando que arte e conhecimento caminham juntos. Para Vitória, a experiência foi um convite à sensibilidade e à valorização da natureza: “Quis minimizar o que chamamos de impercepção botânica, mostrando como as plantas estão presentes e têm importância em nosso cotidiano”.

Olga Bastos celebrou o feito com carinho e alegria: “Eu me sinto muito honrada, feliz e emocionada por ver a minha arte sendo estudada em um TCC. Há coisas que esperamos e desejamos conquistar como artistas, mas essa conquista foi um presente e uma grande surpresa que eu jamais poderia imaginar”, disse a artista.

Olga também trabalha com obras autorais e fotografias fine art utilizando flores naturais. Acompanhe suas criações e conheça mais sobre seu trabalho no perfil profissional nas redes sociais: @olgabastosart.