Hacker residente em Pernambuco é alvo principal de operação contra invasão de sistemas sensíveis

Um hacker de 26 anos, residente em Pernambuco, é alvo principal da "Operação Medici Umbra 3 - A Fonte", deflagrada desta terça-feira (16).
A ação, realizada entre as Polícias Civis do estado, do Rio Grande do Sul e de São Paulo, busca desarticular a cúpula de um grupo criminoso especializado em invasão de sistemas informáticos em todo o Brasil, estelionato eletrônico e falsificação de documentos.
Segundo a Polícia Civil do Rio Grande do Sul, a fraude acontecia a partir de uma estrutura criminosa altamente técnica e compartimentada, que ia desde a invasão de sistemas governamentais sensíveis até a fraude direta contra as vítimas.
Foram cumpridos três mandados de prisão preventiva e três mandados de busca e apreensão em Pernambuco, Rio Grande do Norte e São Paulo.
O homem de pernambuco envolvido, "fonte", é considerado o pilar técnico do grupo por suspeita de invadir sistemas governamentais para obter e revender os dados.
"Ele afirmou em conversas que extraiu o sistema de busca de ativos e que teve acesso a 239 milhões de dados de chaves Pix. Ele também relatou ter obtido dados sensíveis relacionados à segurança pública e inteligência e sistemas de trânsito em diversos estados", afirmou a corporação.
Ainda de acordo com a polícia, o alvo vendia o acesso às informações para intermediários, que eram donos de painéis de consultas ilícitas dos dados obtidos mediante invasões.
Dois desses intermediários, ambos com 26 anos, foram presos na operação desta terça-feira (16). Um deles, do Rio Grande do Norte, criou uma plataforma em grupos de conversas para atrair outros criminosos e vender acesso a informações sensíveis.
Já o outro preso é residente em São Paulo e atuava como membro central da célula de execução da fraude contra médicos do Rio Grande do Sul. Ele utilizava os dados obtidos por intermédio do alvo de Pernambuco para aplicar fraudes e crimes diversos contra vítimas selecionadas.
Investigação
Esta é a terceira fase da Operação Medici Umbra, cuja investigação foi iniciada a partir de uma série de ataques e fraudes contra médicos no Rio Grande do Sul.
Anteriormente, os alvos foram os executores diretos das fraudes, resultando em prisões e na apreensão de dispositivos eletrônicos.
Com a análise do material apreendido e o uso de ferramentas tecnológicas de investigação e rastreamento financeiro, foi possível entender a hierarquia do grupo.
Foram presos o indivíduo que invadia os sistemas governamentais para obter dados sensíveis, os intermediários que compravam e revendiam estes dados em plataformas ilícitas e os executores diretos de fraudes.
“Foi possível mapear toda a cadeia de suprimentos do crime, identificando de forma incontestável a "fonte" dos dados (em Pernambuco), um dos intermediários, administrador de plataformas de distribuição (no Rio Grande do Norte) e um dos principais operadores logísticos e financeiros da ponta, ligado à execução direta de fraudes (em São Paulo)”, destacou a corporação.
A Operação Medici Umbra 3 - A Fonte contou com a participação de mais de 50 policiais civis do Rio Grande do Sul, Pernambuco, Rio Grande do Norte e São Paulo.
“Foram cumpridas as ordens judiciais de prisão e de busca, visando a apreensão de mais dispositivos eletrônicos e outros elementos de prova para a total desarticulação da organização criminosa”, destacou a polícia.
Invasão de dados da SDS-PE e caso Felca
Apesar da Polícia não atrelar os casos, recentemente, em 25 de agosto deste ano, a Polícia Civil de São Paulo prendeu, em Pernambuco, um homem suspeito de fazer ameaças contra o influenciador Felipe Bressanim Pereira, popularmente conhecido como Felca, e invadir dados da Defesa Social de Pernambuco (SDS-PE).
Na ocasião, em uma residência em Olinda, a corporação, junto à Polícia Civil de Pernambuco, cumpriu mandados de busca, apreensão e prisão temporária em investigação que apura crimes de ameaça, perseguição e associação criminosa praticados em ambiente virtual.
No momento da abordagem, o investigado estava acompanhado de outro indivíduo, que também foi conduzido à delegacia por estar em situação de flagrante delito. Durante a ação, os policiais encontraram o computador do alvo em uso, acessando a plataforma ‘Polícia Ágil’, da SDS-PE.
Caio Lucas Rodrigues dos Santos, de 22 anos, está sendo investigado por acessar e vender logins da plataforma "Polícia Ágil", da SDS-PE. Segundo as investigações, ele venderia esses acessos por cerca de R$ 40.
O outro jovem detido junto com ele, Paulo Vinícius Oliveira Barbosa, 21, seria o proprietário do computador que estava com o site aberto no momento em que a polícia chegou na casa localizada no bairro de Jardim Brasil.
A polícia está investigando quem são as pessoas que compravam tal serviço e qual era a intenção delas, uma vez que Caio teria afirmado durante depoimento que, além de consultar as informações, conseguia fazer alterações no banco de dados da polícia e do sistema judiciário.
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