Gênio da música brasileira, alagoano, Hermeto Pascoal morre aos 89 anos

O Brasil perdeu, ontem, sábado, 13, um de seus maiores ícones culturais. O multi-instrumentista e compositor alagoano Hermeto Pascoal morreu aos 89 anos, deixando um legado imenso para a música brasileira e mundial.
A família confirmou a morte em comunicado nas redes sociais, informando que o artista estava internado no Hospital Samaritano, no Rio de Janeiro. Mas a causa não foi divulgada. “Com serenidade e amor, comunicamos que Hermeto Pascoal fez sua passagem para o plano espiritual, cercado pela família e por companheiros de música. No exato momento da passagem, seu Grupo estava no palco, como ele gostaria: fazendo som e música”, diz a nota oficial.
Nascido em 22 de junho de 1936 em Olho d’Água, povoado próximo a Lagoa da Canoa, no Agreste de Alagoas, Hermeto construiu uma das carreiras mais brilhantes da história da música brasileira. Conhecido como “O Bruxo”, era compositor, arranjador e improvisador genial, capaz de transformar qualquer objeto em instrumento musical. Ao longo de 75 anos de carreira, passeou com maestria por estilos como jazz, samba, forró e frevo, mas sempre insistiu em definir sua obra como “música universal”.
Sua genialidade foi reconhecida por nomes como Elis Regina e Miles Davis, além de conquistar plateias em todos os continentes. Em 2019, venceu o Grammy Latino de Melhor Álbum de Música de Raízes em Língua Portuguesa. Em 2024, aos 88 anos, voltou a brilhar no cenário internacional ao conquistar o Grammy Latino de Melhor Álbum de Jazz Latino/Jazz com “Pra Você, Ilza”, uma emocionante homenagem à sua esposa falecida.
Hermeto nunca deixou de surpreender. No mesmo ano, ganhou destaque internacional no WOMEX — um dos maiores eventos da música mundial — e teve sua trajetória eternizada na biografia autorizada Quebra Tudo — A Arte Livre de Hermeto Pascoal, escrita por Vitor Nuzzi. Também foi celebrado no documentário O Menino D’Olho D’Água, exibido no Festival de Cinema de Brasília, que percorreu sua vida e obra.
Mesmo com idade avançada, o alagoano seguia ativo nos palcos. Em 2023, encantou o público no festival The Town, em São Paulo, onde se apresentou sob chuva torrencial usando tanto o teclado quanto chaleiras e brinquedos infantis para criar sons únicos. Essa capacidade de improvisar e inovar garantiu-lhe o status de lenda viva da música brasileira até seus últimos dias.
O músico deixa seis filhos, 13 netos e dez bisnetos.
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