Silvio Tendler, um dos maiores documentaristas brasileiros, morre no Rio de Janeiro

O cineasta Silvio Tendler, um dos maiores documentaristas do Brasil, morreu na manhã desta sexta-feira (5), aos 75 anos. Ele estava internado no Hospital Copa Star, em Copacabana, na Zona Sul do Rio de Janeiro e morreu de infecção generalizada. A informação foi confirmada pela filha dele, Ana Rosa Tendler.
A obra de Silvio ficou marcada por retratar biografias de personalidades como o ex-presidente João Goulart, Juscelino Kubitschek e Carlos Mariguella. Ao longo de mais de cinco décadas de carreira, produziu e dirigiu mais de 70 filmes e 12 séries televisivas.
Tendler também dirigiu "O Mundo Mágico dos Trapalhões", em 1981.
Conhecido como o “cineasta dos sonhos interrompidos” ou “cineasta dos vencidos”, a obra de Tendler foi marcada pelo engajamento político, pela defesa da memória histórica e pela produção de obras que retratam personagens cujas trajetórias foram interrompidas pela repressão ou pela morte precoce.
História
Nascido no Rio de Janeiro em 1950, o cineasta começou sua trajetória no movimento cineclubista ainda na década de 1960, liderando a Federação de Cineclubes do Rio em 1968.
Durante a ditadura militar, exilou-se no Chile e depois na França, onde se formou em História pela Universidade de Paris VII (Paris Diderot) e fez mestrado em Cinema e História pela École des Hautes Études – Sorbonne.
m 2011, Silvio Tendler enfrentou uma doença grave que o deixou tetraplégico por um período. Após cirurgia e um longo processo de reabilitação, conseguiu recuperar os movimentos e voltou a trabalhar intensamente no audiovisual.
Sua trajetória de superação foi retratada no documentário "A Arte do Renascimento", dirigido por Noilton Nunes.
Desde então, o cineasta seguiu ativo na produção cultural, lançando filmes como Saúde Tem Cura (2021), sobre o SUS, e participando de eventos públicos e festivais até 2024.
Silvio Tendler foi professor do Departamento de Comunicação Social da PUC-Rio desde 1979. De família judaica com raízes ucranianas e bessarabianas, ele viveu na Tijuca e em Copacabana, além de ter morado no Chile e em Paris.
Pai da cineasta Ana Rosa Tendler, Silvio se manteve envolvimento com políticas públicas de audiovisual e também teve uma breve carreira política.
Seu legado permanece como referência para gerações de cineastas, historiadores e ativistas culturais. Tendler deixa uma obra que contribuiu decisivamente para a preservação da memória política brasileira e para o fortalecimento do documentário como instrumento de reflexão e resistência.
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