Senado aprova projeto de lei para combater a adultização de crianças no mundo digital

O Senado aprovou, nesta quarta-feira, 27, o projeto de lei que cria regras para combater a adultização de crianças e adolescentes no ambiente digital. A proposta, que teve origem na Casa, voltou do reexame da Câmara dos Deputados e agora segue para sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O texto estabelece obrigações rígidas para redes sociais, aplicativos, sites, jogos eletrônicos e plataformas digitais, exigindo maior proteção ao público infantojuvenil. Entre as medidas, estão a vinculação obrigatória de contas de usuários com menos de 16 anos a um responsável legal e a remoção de conteúdos considerados abusivos, como exploração sexual, assédio, violência e indução a práticas prejudiciais à saúde.
As plataformas que descumprirem a lei poderão sofrer multas que variam de R$ 10 por usuário cadastrado até R$ 50 milhões, dependendo da gravidade da infração. Em casos extremos, a atividade das empresas poderá ser suspensa temporária ou definitivamente.
O projeto também obriga os provedores a criar mecanismos de denúncia acessíveis, repassar imediatamente às autoridades indícios de crimes como abuso sexual e sequestro, além de oferecer ferramentas de supervisão parental. As plataformas deverão limitar o tempo de uso por menores e deixar claro quando esses mecanismos estiverem ativos.
Outro ponto central é a exigência de métodos confiáveis de verificação de idade, vedando a simples autodeclaração do usuário. O poder público poderá atuar como regulador desses sistemas.
A proposta ainda proíbe práticas publicitárias predatórias, a comercialização de produtos proibidos para menores e conteúdos pornográficos. Denúncias falsas também terão sanções, incluindo a suspensão ou exclusão da conta do usuário que agir de forma reiterada.
O tema ganhou força após um vídeo do influenciador Felca viralizar com mais de 24 milhões de visualizações, denunciando a exposição precoce de crianças a conteúdos inapropriados. O caso acelerou a tramitação da proposta no Congresso.
Uma das mudanças de maior impacto foi a decisão do Senado de proibir o acesso de crianças e adolescentes a jogos eletrônicos com caixas de recompensa, conhecidas como loot boxes. Segundo o relator Flávio Arns (PSB-PR), essas práticas se assemelham a jogos de azar e podem incentivar a dependência entre menores.
A votação no Senado ocorreu de forma simbólica. Foram contrários os senadores Carlos Portinho (PL-RJ), Eduardo Girão (Novo-CE), Jaime Bagatolli (PL-RO) e Luis Carlos Heinze (PP-RS).
Últimas Notícias

Pai é condenado a mais de 50 anos de prisão por matar filho de 4 anos envenenado e tentar culpar creche em Maceió

São Paulo vacila na defesa, perde para a LDU e fica em situação delicada na Libertadores

Mega-Sena não tem acertador e prêmio vai a R$ 40 milhões; veja dezenas

Condutor de Porsche perde controle da direção e colide com árvore em Arapiraca

Paulo Dantas entrega três quilômetros de pavimentação urbana em Cacimbinhas
Vídeos mais vistos

Festa termina com jovem morta e dois feridos no Agreste alagoano

Morte em churrascaria de Arapiraca

Homem que conduzia motocicleta pela contramão morre ao ter veículo atingido por carro, em Arapiraca

Arapiraca tem uma rua chamada 'Super Nintendo'?
