Assassinato de detento que matou advogado teria sido executado em ação coordenada por outros dois colegas de cela, em Maceió

Por Redação 06/06/2025 19h07
Por Redação 06/06/2025 19h07
Assassinato de detento que matou advogado teria sido executado em ação coordenada por outros dois colegas de cela, em Maceió
Presídio em Maceió - Foto: Reprodução

Antônio Wendel Melo Guarnieri, de 43 anos, foi encontrado morto dentro da Penitenciária de Segurança Máxima de Alagoas (PenSM), localizada no Complexo Prisional de Maceió, na manhã da última quinta-feira, 05. Segundo a Polícia Civil, o assassinato foi resultado de uma ação conjunta entre os detentos que dividiam a cela com a vítima.

De acordo com informações apuradas pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), sob comando do delegado Daniel Otoni, dois internos — identificados pelas iniciais E.G.S. e F.G.B. — confessaram o homicídio e revelaram que contaram com a participação direta de outros cinco detentos na execução do crime. A polícia classificou o caso como um homicídio com divisão de tarefas entre os autores, reforçando o trabalho em conjunto dos envolvidos.

Antônio Wendel Melo Guarnieri cumpria pena de 24 anos e seis meses de prisão pela morte do advogado Nudson Harley Mares de Freitas, executado por engano em julho de 2009, no bairro da Mangabeiras, em Maceió. Segundo inquérito da Polícia Federal, o verdadeiro alvo era o então juiz Marcelo Tadeu, conhecido pelas decisões firmes no combate ao coronelismo e aos crimes de mando em Alagoas.

O crime desta semana dentro do presídio chamou atenção pela organização dos envolvidos. Após a descoberta do corpo na cela, os dois principais suspeitos receberam voz de prisão em flagrante e foram levados à sede da DHPP, onde prestaram depoimento e detalharam como o homicídio foi cometido. Um dos detentos envolvidos já possui histórico de violência dentro do sistema prisional: em outubro de 2024, ele matou outro interno utilizando o mesmo modo de operação e chegou a ser transferido para outra unidade prisional.