Morte de Juscelino Kubitschek: Comissão decide em maio se reabre investigação sobre possível atentado
No próximo mês de maio, a Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos (CEMDP), ligada ao Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania (MDHC), deve decidir se reabre a investigação sobre a morte de Juscelino Kubitschek, ex-presidente do Brasil. O episódio, ocorrido em 22 de agosto de 1976, completa 50 anos em 2026 e ainda levanta dúvidas: foi um acidente ou um atentado político?
A relatora Maria Cecília Adão confirmou que está analisando documentos enviados por um vereador de São Paulo, baseados em divergências entre relatórios da Comissão Nacional da Verdade (CNV) e da Comissão Estadual Rubens Paiva.
A morte de JK e seu motorista, Geraldo Ribeiro, é envolta em dúvidas, devido ao seu contexto político. Eles faleceram após o Opala 1970 em que viajavam colidir com um caminhão na Rodovia Presidente Dutra, na altura de Resende (RJ), onde fica a Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN). Segundo o inquérito inicial, o carro teria ultrapassado um ônibus da Viação Cometa, perdido o controle e invadido a pista contrária.
A causa do contexto político gerar dúvidas é que JK integrava a Frente Ampla contra o regime militar, era monitorado pelos órgãos de repressão e tinha intenções de disputar novamente a Presidência da República.
O inquérito original (1976) apontou o motorista do ônibus, Josias Nunes de Oliveira, como culpado por homicídio culposo. Ele foi absolvido por falta de provas.
Em 1996 o caso foi reaberto, o corpo de Geraldo Ribeiro foi exumado e foi encontrado um fragmento metálico no crânio de Geraldo Ribeiro. O fragmento era, na verdade, um prego do caixão, segundo os peritos.
Em 2014, a Comissão Nacional da Verdade concluiu que foi um acidente, embora reconhecesse que o regime militar tinha interesse na morte de JK.
Já a Comissão Rubens Paiva (SP) se contrapôs a versão oficial e afirmou que “JK foi assassinado pela ditadura militar”.
Vale lembrar que um inquérito civil do Ministério Público Federal (MPF), conduzido entre 2013 e 2019, destacou erros graves nos laudos técnicos da época. O engenheiro e perito Sergio Ejzenberg apontou que: Não houve colisão entre o Opala e o ônibus; o Opala fez uma mudança de rota inexplicável e os laudos originais tinham erros conceituais e matemáticos. Apesar disso, a investigação foi arquivada por falta de provas materiais confiáveis.
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