Deputado do Paraná critica roupa de parlamentar que pediu afastamento dele por faltas

O deputado estadual Ricardo Arruda (PL-PR) direcionou críticas à vestimenta da deputada Ana Júlia Ribeiro (PT) durante sessão na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep). As ofensas ocorreram após a parlamentar apresentar pedido para a substituição dele na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) por excesso de faltas.
A parlamentar destacou as quatro faltas de Arruda na CCJ e defendeu sua substituição no colegiado. Durante a sessão plenária, argumentou que as recorrentes ausências do colega justificariam a mudança na composição da comissão.
No plenário, na primeira sessão da semana, o deputado do PL reagiu a atacando. "Essa deputada continua achando que ela está no diretório acadêmico da universidade dela, até pela roupa e fala dela", afirmou durante entrevista a repórteres que estavam na Assembleia.
Aos jornalistas, a deputada Ana Júlia afirmou que a fala de Arruda sobre ela trata-se de violência política de gênero.
"Eu não sei qual é a grande diferença das minhas roupas para as demais deputadas. A gente vê que os homens, quando querem confrontar as mulheres e não tem mais argumento, eles usam de formas para, de fato, tentar manchar a imagem, tentar humilhar, tentar desqualificar o serviço. Então é muito fácil ele vir aqui e falar da minha idade, da minha voz, do meu discurso ou das minhas roupas. Inclusive, todos os outros deputados estão preocupados com o conteúdo que a gente trabalha na Comissão de Constituição e Justiça e no plenário. E o conteúdo do meu trabalho fala por si só. Agora, o deputado Ricardo Arruda, como não tem trabalho parlamentar, precisa vir aqui e atacar as roupas de outra mulher", disse a petista.
As declarações do parlamentar também provocaram reações imediatas tanto da bancada feminina quanto da oposição na Alep.
A líder da bancada feminina na Assembleia, deputada Mabel Canto (PSDB), saiu em defesa da colega, afirmando que Ana Júlia sempre veste trajes adequados ao ambiente legislativo e que o deputado não tem direito de comentar o vestuário de uma colega de parlamento."Ela é uma mulher que pode vestir aquilo que ela deseja", afirmou.
Arruda então falou em outro momento: "Qualquer ocasião que a gente vai a algum lugar, temos saber que roupa portar. Nesse plenário, os deputados são obrigados a vir de paletó e gravata e as mulheres não têm isso no regimento, mas nós olhamos para todas as deputadas e todas vêm com a vestimenta que condiz com o plenário. É só ver, ninguém vem de regata ou de shortinhos. Enfim, isso não é pejorativo, é um comentário que fiz que não partiu só de mim, partiu de várias pessoas aqui dentro. Mas tem pessoa que se acha acima de tudo e quando falei que ela parece que está ainda num D.A [diretório acadêmico] de universidade, é pelas atitudes que ela tem aqui. É uma opinião minha".
O Terra entrou em contato com o deputado e não obteve nenhum retorno. O espaço permanece aberto para manifestações.
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