Aranha de seis olhos: estado brasileiro registra mais de 500 ataques em 2024; saiba como se proteger

Os avanços do desmatamento e das construções aliado a temperaturas altas, que ainda podem ser registradas mesmo no início do outono, acendem um alerta para acidentes envolvendo a aranha-marrom. Em Minas Gerais, 524 acidentes foram registrados em 2024 por picada da aranha — uma média mensal de 43. Cinco pessoas morreram.
Nos dois primeiros meses de 2025, os ataques cresceram em relação ao ano anterior. Foram 61 ataques em janeiro e 50 em fevereiro, frente a 59 e 33, respectivamente, em 2024. A picada do aracnídeo, que pertence ao gênero Loxosceles, tem seis olhos e, no máximo, quatro centímetros de diâmetro, pode levar à morte. Cinco pessoas perderam a vida no ano passado, enquanto um óbito já foi registrado neste ano em Araçaí, na região Central do Estado.
A bióloga Fernanda Raggi, mestre em sustentabilidade e professora do Centro Universitário de Belo Horizonte (UniBH), explica que, originalmente, a aranha-marrom vivia em grutas e ambientes rochosos, úmidos e preservados ao redor das cidades. O comportamento delas, no entanto, mudou com o avanço do desmatamento para construções. "Esses aracnídeos ficaram sem hábitat para viver. Pressionados pela expansão urbana, passaram a desenvolver hábitos sinantrópicos, ou seja, se acostumaram a viver em ambientes da cidade parecidos com os naturais", destaca.
A aranha-marrom pode ser encontrada em casas de construções antigas, porões, acumulados de entulho em lotes abandonados, materiais de construção empilhados, forros de telhados, atrás de móveis, fendas entre tábuas, rodapés e estrados de camas, cascas de árvores, fendas de barrancos, rochas, atrás de livros e quadros, dentro de tijolos, além de áreas escuras e secas para se abrigar e se alimentar.
A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) orienta que, para prevenir acidentes, também é essencial inspecionar roupas, calçados e roupas de cama antes de usá-los, além de utilizar equipamentos de proteção individual (EPIs) ao realizar atividades de risco, como o manuseio de entulho e o transporte de lenha.
Para evitar a presença da aranha-marrom, Fernanda esclarece que não é necessário usar produtos como inseticidas, já que ela é um animal silvestre. "O ideal é combater os quatro A’s: abrigo, acesso ao abrigo, alimento e água. Isso elimina as condições em que elas podem aparecer e permanecer. Ambientes limpos e livres de insetos também são eficazes."
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