'Pênis com asas' enviado ao chefe do Itamaraty pode custar indicação de diplomata brasileiro para Guiné-Bissau

Um episódio envolvendo o envio de um desenho em quatro cores de um “pênis com asas” conhecido no nordeste como 'cárai de asa' ao chefe da Divisão de Saúde e Segurança do Servidor do Itamaraty, Cristiano Ebner, virou caso de polícia e pode afetar a nomeação do diplomata Pablo Cardoso para comandar a Embaixada do Brasil em Guiné-Bissau.
Na semana passada, Cardoso, atual ministro-conselheiro na Missão do Brasil junto à Comunidade dos Países de Língua Portuguesa em Lisboa, havia recebido o agrément do governo africano para assumir o posto. No entanto, a nomeação oficial ainda não havia sido formalizada pelo governo brasileiro e, com o incidente, a indicação de Cardoso para a embaixada pode ser revista.
De acordo com informações publicadas na coluna de Lauro Jardim, no jornal O Globo, o desenho, enviado para Cristiano Ebner em junho de 2024, foi interpretado por Cristiano Ebner como uma ofensa e uma ameaça, levando-o a registrar o caso na Corregedoria do Ministério das Relações Exteriores (MRE).
A Polícia Federal investigou o caso que chegou até um amigo de Pablo Cardoso, em agosto do ano passado. Posteriormente, após apuração, arquivou o processo alegando não haver crime.
Ainda em agosto, Pablo Cardoso ligou para Cristiano Ebner, assumiu a autoria da carta, afirmou se tratar de uma brincadeira e pediu desculpas.
A situação gerou um grande desconforto no Itamaraty, com sindicatos tratando o episódio como possível assédio. Cristiano Ebner também entendeu o caso como assédio moral e manteve a denúncia do caso.
O incidente também gerou uma onda de questionamentos por parte da Comissão de Relações Exteriores do Senado, que entrou em contato com o Itamaraty para entender como o episódio poderia impactar a indicação de Cardoso. Há receios de que a oposição use o ocorrido para pressionar o governo e questionar a escolha do diplomata.
Além disso, com a indicação ainda não oficializada, existe a possibilidade de o governo revisar sua decisão e substituir o nome de Pablo Cardoso por outro diplomata para a missão em Guiné-Bissau. A situação continua sendo acompanhada de perto por autoridades e parlamentares.
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