Em um julgamento que durou 12 horas, o homem  que matou a esposa, dentro de uma loja na cidade de Murici, foi condenado a 16 anos e 10 meses de prisão em regime fechado. O crime aconteceu em novembro de 2023, dentro de uma loja recém-inaugurada pelo casal e vitimou fatalmente Carla Janiere da Silva Barros.

O júri popular contou com a presença de 10 testemunhas – cinco de acusação e cinco de defesa. Durante o longo dia de depoimentos, a defesa do acusado tentou argumentar que ele agiu em legítima defesa, mas o Ministério Público questionou, repetidamente, a justificativa de que ele estivesse armado no dia do crime.

A juíza Paula de Goes Brito Pontes, da Vara do Único Ofício de Murici, destacou a gravidade do crime e a importância do julgamento no Tribunal Popular do Júri para casos de feminicídio. Ao final, foi lida  a sentença condenando o réu pelo assassinato de Carla.

Sobre o crime
O feminicídio ocorreu dentro da loja do casal, que estava em processo de inauguração no momento da tragédia. Carla foi atingida por diversos disparos na cabeça após uma discussão violenta com o marido. A briga, filmada por uma funcionária da loja, mostrou o acusado extremamente agressivo, quebrando o balcão do estabelecimento durante a discussão.

Antes de ser assassinada, Carla enviou uma mensagem para a funcionária, pedindo para que ela avisasse seus familiares sobre a briga e relatando que estava com medo da reação de seu marido.

Após cometer o crime, o homem tentou se esconder no interior da loja e se fingir de morto para enganar os policiais, mas sua farsa foi descoberta. Ele foi preso no local e, desde então, está encarcerado.