Aos 114 anos, morre Zé Pequeno, pernambucano que deixa mais de 200 netos e trinetos

Às quatro horas da tarde da última quinta-feira (14), faleceu o agricultor José Ferreira Campos, aos 114 anos de idade, no Hospital Municipal José Pinto Saraiva, em Exu, sertão do Araripe pernambucano. Natural do Crato, no Ceará, ele era conhecido como a pessoa mais longeva da região e por seu temperamento tranquilo e sociável. De acordo com sua família, ele teve 28 filhos e deixa mais de 200 netos e trinetos.
Um ano mais velho do que seu conterrâneo mais célebre, o exuense Luiz Gonzaga, nascido no dia 13 de dezembro de 1912, Zé Pequeno atravessou o início da República Brasileira, dois golpes militares e o nascimento da democracia. Nesse período, o mundo vivenciou duas guerras mundiais, 26 jogos olímpicos e conheceu dez diferentes papas. “Ele gostava de saber das coisas, se sentia vivo. Gostava de ouvir rádio, mas não gostava de televisão, brigava quando a gente assistia. Dizia que não era coisa de Deus não”, relata Ronaldo.
Católico, Zé Pequeno rezava dois terços por dia e era devoto de Padre Cícero, natural da cidade de Juazeiro do Norte, no Ceará, localizada a cerca de 76 km do Exu. Ao Padim, a população da região atribui a cultura das Festas de Renovação, cerimônias católicas realizadas nas casas dos fiéis, com reza, confraternização e uma refeição farta com a comunidade. “Meu pai fazia aniversário no dia três de janeiro, Dia do Sagrado Coração de Jesus e de renovação. Ele adorava gente, festa e sempre tomava um vinhozinho”, comenta Ronaldo.
Por enquanto, o vinho de Zé Pequeno segue na geladeira da família e Ronaldo ainda fala dos hábitos do pai conjugando quase todos os verbos no presente. Referência no distrito de Viração, onde mora a família, o simpático senhorzinho era querido por todos. “Ele era muito grato. Se alguém fizesse uma coisa boa para ele, podia só fazer o mal depois, que ele era grato. Só via o lado bom das coisas”, emociona-se o filho.
Com a porta sempre aberta, Zé Pequeno recebia visitas de amigos e admiradores, que vez por outra apareciam para conversar ou tirar fotos. “Ele deixa para a gente seu nome, era muito respeitado por aqui. A gente é pobre e ele sempre trabalhou com humildade. O que levo dele é a gratidão pela vida e a vontade de viver”, completa Ronaldo.
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