A Polícia Civil de São Paulo prendeu, na tarde deste sábado, 08,  em Cajamar, um dos principais suspeitos do assassinato da adolescente Vitória Regina de Sousa, de 17 anos. A Justiça de São Paulo havia decretado a prisão temporária do investigado por 30 dias, após avaliação de indícios e contradições em seu depoimento.

A investigação apontou que o preso seria o dono do Toyota Corolla prata visto na cena do crime. Testemunhas relataram que o veículo estava na região no momento em que Vitória desapareceu, e vizinhos relataram movimentação suspeita na casa do suspeito naquela noite. Além disso, ele declarou que estava com a esposa no momento do crime, mas a mulher informou que passou a noite na casa da mãe, o que contradiz sua versão.

A polícia também havia solicitado a prisão temporária de outro suspeito de envolvimento no crime, mas a Justiça negou o pedido, pois não há evidências suficientes para apontá-lo como envolvido diretamente no homicídio. Entretanto, foi autorizada busca e apreensão na casa dele, para localizar possíveis provas.

O corpo de Vitória foi localizado na quarta-feira, 05, por um cão farejador da Guarda Civil Municipal (GCM) em uma área de mata fechada, a cerca de 5 km da residência da jovem, na zona rural de Cajamar. A adolescente foi encontrada nua e com sinais de violência, incluindo ferimentos de faca e a cabeça raspada. Familiares reconheceram a vítima por meio de suas tatuagens e piercings.

A polícia acredita que mais de uma pessoa participou do crime. Até o momento, sete pessoas são investigadas, incluindo um ex-namorado da vítima e outros homens que tiveram contato com ela antes de seu desaparecimento.

Uma das linhas de investigação considera que o assassinato pode estar relacionado a vingança ou ameaças anteriores que a jovem tenha recebido. As autoridades continuam apurando o caso e realizam buscas para encontrar outros possíveis envolvidos. A quebra de sigilo de dados telemáticos dos suspeitos foi autorizada, e novos depoimentos estão sendo colhidos para elucidar as circunstâncias do crime.