STF aprova plano para aumentar transparência e rastreabilidade das Emendas Parlamentares ao Orçamento da União
O Supremo Tribunal Federal (STF) homologou, por unanimidade, na segunda-feira, 03, o plano de trabalho que visa aumentar a transparência e a rastreabilidade das emendas parlamentares no Orçamento da União. A decisão foi tomada após uma votação histórica do ministro Flávio Dino, com o apoio do plenário da Corte em sessão virtual, que teve início na sexta-feira, 28, e segue aberta até quarta-feira, 05.
A medida, elaborada em conjunto pelos poderes Legislativo e Executivo, busca garantir maior clareza e fiscalização sobre os repasses de recursos públicos por meio das emendas parlamentares. A partir de agora, todas as emendas deverão ser identificadas com o nome do parlamentar responsável e a entidade destinatária dos recursos. Essa mudança promete facilitar o acompanhamento dos gastos e aumentar a responsabilidade na utilização de recursos públicos.
Com a homologação do plano, o ministro Flávio Dino liberou o pagamento das emendas de 2023 e anos anteriores que estavam suspensas desde decisões anteriores do STF. No entanto, há exceções para algumas emendas, como aquelas destinadas a organizações não governamentais (ONGs) e entidades do terceiro setor que foram alvo de auditoria da Controladoria-Geral da União (CGU), além de recursos para a saúde que não estejam regularizados em contas bancárias específicas.
A medida aprovada implica que, a partir deste ano, não será mais permitido empenhar emendas sem a devida identificação do parlamentar que indicou os recursos, além da especificação da entidade que irá receber os valores. A decisão visa trazer mais clareza aos repasses e assegurar a rastreabilidade de como os recursos públicos são distribuídos.
A suspensão das emendas parlamentares teve início em dezembro de 2022, quando o STF considerou inconstitucionais as emendas RP8 e RP9, que ficaram conhecidas como parte do "orçamento secreto". O Congresso Nacional, em resposta, aprovou uma resolução alterando as regras de distribuição de recursos por meio das emendas de relator. Contudo, a decisão continuou a ser questionada, especialmente pelo PSOL, partido que iniciou a ação judicial contra as emendas.
Em agosto de 2024, Flávio Dino, agora relator do caso após a aposentadoria da ministra Rosa Weber, determinou a suspensão das emendas e determinou que a CGU auditasse os repasses realizados por meio das emendas do orçamento secreto.
O valor total previsto para as emendas parlamentares no Orçamento de 2025 é de R$ 52 bilhões, o que representa um aumento significativo em relação a 2024, quando o total foi de R$ 49,2 bilhões. Para efeito de comparação, em 2014, esse valor era de apenas R$ 6,1 bilhões.
Últimas Notícias
Decisão da Ufal de criar cotas para pessoas trans gera polêmica na Assembleia Legislativa de Alagoas
Homem procurado por tráfico é preso ao tentar emitir novo RG em município alagoano
Junqueiro e Jundiá criam loterias municipais e ampliam rede de cidades com arrecadação própria
Polícia investiga morte de jovem encontrada com ferimentos na cabeça em Palmeira dos Índios
Nova rodovia entre Junqueiro e Campo Alegre será entregue até 2026, anuncia governador Paulo Dantas
Vídeos mais vistos
Morte em churrascaria de Arapiraca
Homem que conduzia motocicleta pela contramão morre ao ter veículo atingido por carro, em Arapiraca
Superintendente da SMTT fala sobre mudanças no trânsito de Arapiraca
Luciano Barbosa entrega nova praça e Arapiraquinha no Jardim Esperança

