Sesau orienta sobre as medidas para prevenir a coqueluche

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) alerta para a importância da vacinação contra a coqueluche, doença respiratória grave e altamente contagiosa, causada pela bactéria Bordetella pertussis. Para garantir a proteção da população, o Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza gratuitamente, nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) municipais as vacinas para crianças, gestantes e profissionais da saúde que atuam em maternidades e unidades neonatais.
A enfermeira epidemiologista em doenças imunopreveníveis da Sesau, Alanna Nunes, reforça a necessidade de manter o esquema vacinal atualizado, especialmente entre os mais vulneráveis. “A coqueluche é uma doença grave e altamente contagiosa, que pode levar crianças a complicações sérias, como apneia e até ao óbito, mas pode ser prevenida com a vacinação. Deste modo, os pais e responsáveis devem ficar atentos ao esquema vacinal preconizado”, recomenda.
As crianças devem receber a vacina pentavalente aos 2, 4 e 6 meses, com reforços da DTP aos 15 meses e 4 anos. A meta do Ministério da Saúde é vacinar 95% das crianças menores de 1 ano com as três doses da penta”, explicou Alanna Nunes.
Além das crianças, as gestantes também devem ser imunizadas para garantir a proteção dos bebês nos primeiros meses de vida. A recomendação do Programa Nacional de Imunização (PNI) do Ministério da Saúde é que a vacina dTpa seja aplicada a partir da 20ª semana de cada gestação.
Os profissionais de saúde que trabalham em maternidades e unidades neonatais também devem se vacinar. Mesmo aqueles que já completaram o esquema primário com a vacina dT, caso tenham tomado a última dose há menos de 10 anos, precisam receber uma dose da dTpa para reforçar a imunidade e evitar a transmissão da doença aos recém-nascidos.
O secretário de Estado da Saúde, médico Gustavo Pontes de Miranda, destaca a importância da imunização contra a coqueluche para a saúde pública. “A vacinação é um ato de responsabilidade coletiva. Precisamos garantir que todas as crianças recebam as doses no tempo certo e que as gestantes e profissionais de saúde estejam protegidos. Só assim podemos reduzir os casos e evitar complicações graves causadas pela coqueluche, que pode levar à morte”, salienta.
Transmissão
De acordo com o Ministério da Saúde, a transmissão da coqueluche ocorre, principalmente, pelo contato com a pessoa doente, por meio de gotículas eliminadas por tosse, espirro ou até mesmo ao falar. Em alguns casos, a transmissão pode ocorrer por objetos recentemente contaminados com secreções de pessoas doentes.
O período de incubação da bactéria, que é o tempo em que os sintomas começam a aparecer, desde o momento da infecção, é de 5 a 10 dias, em média. Entretanto, ele pode variar de 4 a 21 dias e, em casos raros, pode chegar a até 42 dias.
Sintomas
A coqueluche possui três fases. A inicial, conhecida como catarral, é quando o doente apresenta um resfriado comum com sintomas leves, como febre baixa, mal estar geral, coriza e tosse seca. Gradualmente, o quadro vai evoluindo para crises de tosse mais intensa, que é a próxima fase, nomeada de paroxística.
A fase paroxística consiste em variação de febre baixa, tosse forte, podendo causar vômitos e congestão facial. A última fase, a de convalescença, é o período de recuperação, onde a tosse diminui em frequência e intensidade, mas pode persistir por duas a seis semanas ou por até três meses. Ainda segundo o Ministério da Saúde, infecções respiratórias de outra natureza, durante essa fase, podem fazer a tosse intensa voltar.
Diagnóstico
O diagnóstico precoce da coqueluche é desafiador, pois os sintomas iniciais, como febre baixa, mal estar geral, coriza e tosse seca, podem ser confundidos com os de um resfriado comum ou outras infecções respiratórias. À medida que a doença progride, a tosse seca torna-se mais intensa e persistente, serve como um indicativo significativo da coqueluche.
Para confirmar o diagnóstico, os médicos podem solicitar exames laboratoriais específicos, como a coleta de material da nasofaringe para cultura bacteriana ou a realização de PCR em tempo real, que detecta o DNA da bactéria Bordetella pertussis. Exames complementares, como hemograma e radiografia de tórax, também podem auxiliar na avaliação do paciente.
Prevenção
A vacinação é o principal meio de prevenção contra a coqueluche. As vacinas estão disponíveis nas UBS municipais. A Sesau reforça o chamado à aos pais e responsáveis por crianças até os 4 anos de vida para que procurem a unidade mais próxima de sua residência, portando a Caderneta de Vacinação, e imunize seu filho, protegendo-a de uma doença que pode evoluir para um quadro grave e levar à morte.
Até a Semana Epidemiológica 6 de 2025, Alagoas registrou 12 casos suspeitos de coqueluche, representando um aumento de 1100% em relação ao mesmo período de 2024, quando apenas um caso foi notificado. Desses, dois casos foram confirmados por critério laboratorial e oito foram descartados. Os casos confirmados ocorreram em crianças menores de 1 ano. Os dois receberam tratamento específico de forma oportuna e seguem em recuperação.
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