Mark Zuckerberg anuncia que Meta encerrará Sistema de Checagem de fatos, após alinhamento com governo Trump

Em um movimento controverso, a Meta, responsável por gigantes como Facebook, Instagram e WhatsApp, anunciou o fim de seu sistema de checagem de fatos, substituindo-o pelo modelo de “Notas da Comunidade”, inspirado na plataforma X (antigo Twitter). A justificativa, apresentada pelo CEO Mark Zuckerberg, é promover um “retorno às origens” e priorizar a liberdade de expressão. No entanto, as implicações dessa decisão têm gerado fortes críticas e levantado preocupações sobre os rumos da moderação de conteúdo nas redes sociais.
Mark Zuckerberg argumenta que as mudanças permitirão maior liberdade nas discussões online, eliminando restrições em tópicos sensíveis como imigração e gênero. A moderação será reconfigurada para focar apenas em conteúdos ilegais ou de “alta gravidade”, enquanto postagens menos graves dependerão de denúncias feitas pelos próprios usuários.
Críticos, no entanto, apontam que essa abordagem reduz drasticamente a responsabilidade da plataforma em conter a desinformação e o discurso de ódio. “É uma tentativa de lavar as mãos, transferindo para os usuários uma responsabilidade que deveria ser da empresa”, afirmou um especialista em regulação de redes sociais.
Outro ponto que gerou polêmica foi a declaração de Zuckerberg sobre trabalhar em parceria com Donald Trump, presidente eleito dos EUA, para combater o que ele chama de “tribunais secretos” na América Latina. Segundo Zuckerberg, esses tribunais ordenam a remoção de conteúdos de forma opaca, dificultando a atuação de empresas americanas.
A fala, no entanto, foi vista por muitos como um ataque indireto ao Supremo Tribunal Federal brasileiro, que tem liderado ações contra a disseminação de fake news no país. Para João Brant, secretário de Políticas Digitais do governo Lula, a medida é “um convite ao ativismo da extrema-direita” e coloca em risco a proteção de direitos fundamentais.
No Brasil, a decisão de desativar o sistema de checagem de fatos é vista como um retrocesso perigoso. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, alertou para os riscos da desinformação, lembrando o impacto das fake news nas eleições presidenciais de 2018 e 2022. “Precisamos cuidar da democracia e da integridade das informações. A Meta está indo na contramão disso”, afirmou Haddad.
Especialistas em tecnologia e regulação digital também alertam que as mudanças podem transformar as plataformas da Meta em um terreno ainda mais fértil para campanhas de desinformação.
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