MPAL reúne entidades dos setores público e privado para discutir prevenção a incêndios florestais
O Ministério Público de Alagoas (MPAL), por meio da Promotoria de Defesa do Meio Ambiente, promoveu, nesta sexta-feira (18), uma audiência com representantes de vários órgãos dos setores público e privado para discutir prevenção e combate a incêndios florestais.
Ficou alinhado entre os representantes a formação de uma Agenda Resolutiva, por meio da qual poderão atuar em parceria, e a criação de um Grupo de Trabalho. A próxima reunião também já tem data: será no dia 24 deste mês, na sede do Corpo de Bombeiros Militar (CBM), em Maceió, a partir das 9h.
Na ocasião, os integrantes do Grupo vão elaborar uma minuta para instituição de um Comitê Interinstitucional de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais. “Sabemos que medidas integradas têm mais sucesso do que aquelas realizadas isoladamente por cada entidade. Assim, estamos aqui para buscar um diagnóstico e somar esforços em medidas preventivas, uma vez que incêndios criminosos e fora de controle afetam a sociedade, o meio ambiente como um todo e também o setor produtivo”, apontou o promotor Alberto Fonseca, titular da 4ª Promotoria de Justiça da Capital (Defesa do Meio Ambiente).
De acordo com ele, a medida é decorrente de uma iniciativa do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), que estimulou todos os membros ligados à área ambiental a discutir ações de prevenção e combate a incêndios criminosos.
Durante a audiência desta sexta-feira (18), a professora Flávia Moura, da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), destacou que os incêndios florestais possuem causas naturais e antrópicas, isto é, provocadas por ação humana. Segundo ela, em todo o Brasil foram registrados mais de 180 mil focos de incêndio entre janeiro e setembro de 2024, quantidade que é 108% maior do que no mesmo período de 2023.
Já o meteorologista e superintendente da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh), Vinícius Pinho, apresentou dados do “Monitor de Secas” e salientou que no verão deste ano haverá chuvas abaixo da média, com mais chances de baixa umidade, agravamento da seca, temperaturas mais altas, trovoadas menos intensas no semiárido e maior risco para incêndios florestais.
Ainda durante a audiência, o engenheiro Hamilton Oiticica, que representou a Usina Santa Clotilde, destacou qual é o efetivo da usina para combater incêndios criminosos que frequentemente atingem os canaviais e disse que, somente na atual safra, a unidade já teve suas plantações e de seus fornecedores afetadas por 29 incêndios desse tipo.
A audiência contou com representantes do IMA, Sindaçúcar, IPMA, Usina Coruripe, Usina Santa Clotilde, Ufal, Defesa Civil Estadual, FAEAL, FIEA, Corpo de Bombeiros Militar, Batalhão de Polícia Ambiental e SEMARH.
Últimas Notícias
MEC aciona PF e anula questões do Enem 2025 após live ter antecipado perguntas
Motorista de caçamba que tombou em estrada de Arapiraca morre no hospital
Semarh emite alerta para Estado de Atenção devido à baixa umidade no Sertão de Alagoas nos próximos dias
Operação Lei Seca intensifica fiscalização para o feriado da Consciência Negra
Câmara de Maceió aprova comenda Pontes de Miranda para ministra Marluce Caldas, tia do prefeito JHC
Vídeos mais vistos
Morte em churrascaria de Arapiraca
Homem que conduzia motocicleta pela contramão morre ao ter veículo atingido por carro, em Arapiraca
Justiça cumpre reintegração de posse em fazenda ocupada pelo MST na zona rural de Arapiraca
Junqueiro recebe governador para inaugurações

