Argelina vítima de polêmica vai à final do boxe nas Olimpíadas de Paris

A argelina Imane Khelif, alvo de uma onda de fake news e discurso de ódio, se classificou para a final do boxe feminino para mulheres de até 66kg nas Olimpíadas de Paris 2024. A atleta venceu sua luta contra a tailandesa Janjaem Suwannapheng nesta terça-feira e garantiu, pelo menos, uma medalha de prata.
Imane Khelif venceu Janjaem Suwannapheng por pontos. A argelina foi melhor do que a adversária nos três rounds da luta - em todos, venceu por 10 a 9.
Khelif, agora, enfrentará a chinesa Liu Yang na final do boxe em busca de uma medalha de ouro. Se perder, ficará com a prata.
Horas antes da luta desta terça-feira à tarde, argelinos nas ruas de Roland Garros prestaram apoio a Imane Khelif com bandeiras e cantos em sua homenagem.
Durante a última semana, desde o início de sua participação nas Olimpíadas, Imane Khelif tem sido acusada de ser atleta transgênero e esteve sob ataque até de líderes políticos mundiais como a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, e o ex-presidente dos EUA, Donald Trump.
A argelina Imane Khelif virou foco de enorme polêmica nos Jogos de Paris 2024 devido ao banimento de sua participação na final do Mundial amador de 2023, organizado pela Associação Internacional de Boxe (IBA), que justificou sua exclusão por não cumprir requisitos de elegibilidade para competir entre mulheres.
O teste realizado pelo órgão, no entanto, é mantido sob sigilo, e o presidente da associação, o russo Umar Kremlev, justificou que a argelina teria cromossomos XY. O Comitê Olímpico Internacional (COI), que descertificou a IBA no ano passado devido à falha da entidade em completar reformas em questões de governança, finanças e ética do órgão, organizou o torneio de boxe olímpico por conta própria, seguindo protocolos adotados em Tóquio 2020, e permitiu que Khelif competisse.
A polêmica em torno da argelina cresceu após sua estreia na competição na última quinta-feira. Ela venceu o confronto com a italiana Angela Carini em 46 segundos; sua adversária abandonou a luta alegando dor intensa no nariz após sofrer dois golpes no rosto.
O acontecimento motivou uma onde de discurso de ódio e a circulação de boatos que Khelif, nascida e criada mulher cisgênero, seria uma atleta transgênero. O COI lamentou a propragação de desinformação e reafirmou que a atleta cumpria seus requisitos para competir nas Olimpíadas. Em guerra política com o COI, a IBA anunciou que concederia a Angela Carini premiação equivalente à de uma medalha de ouro.
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