Na manhã desta segunda-feira (17), a Polícia Civil de Alagoas divulgou as primeiras informações sobre uma operação contra assessores e influenciadores envolvidos na divulgação do "jogo do tigrinho". Carros de luxo, joias, uma lancha e dinheiro, entre outros bens, foram apreendidos.

Os mandados de busca e apreensão foram expedidos pela 17ª Vara Criminal e os nomes dos alvos da "Operação Game Over" não foram divulgados, nem as cidades em que residem. O trabalho investigativo teve início há oito meses e os autores podem responder por estelionato.

Na sexta-feira (14), uma influenciadora alagoana usou as redes sociais para revelar que a polícia cumpriu um mandado em seu apartamento, indicando que as ações ocorreram na data.

“Vocês não sabem a visita que eu recebi às 5h da manhã. Estou transtornada. A polícia veio aqui em casa, vocês acreditam? Eles fizeram: ‘Toc, toc, toc’. Quando eu disse: ‘Quem é?’, eles falaram: ‘Queira nem saber’. Tô rindo de nervosa, mas deu tudo certo. Essa sala estava preta de policiais. ‘Moço, eu sou inocente’. Eles disseram: ‘Somos da Polícia Civil, estamos em uma operação chamada ‘Game Over’. Estou com mandado de busca e apreensão e vamos pedir licença para revisar a sua casa. Aí eu disse: ‘Fique à vontade, doutor’. Eu me sentei, não quis acompanhar, porque eu estava com as pernas bambas, tremendo. Era muita gente armada até os dentes. Eu disse: ‘É hoje que eu vou presa’", disse.

"Eles reviraram tudo, até os potes do arroz e do feijão, cortaram até a melancia. Aí levaram minhas coisas, meus carros, minhas joias. Só não me levaram porque aqui não tem criminosos. Eu sou inocente. Eles foram muito educados. O delegado foi muito educado, compreensivo, porque a gente tinha acabado de acordar. E a gente colaborou para levar o que quiser”, completou.