MPF e Iphan discutem Tombamento Provisório em áreas afetadas pela mineração da Braskem

Na tarde da última quarta-feira (17), aconteceu no Ministério Público Federal (MPF) uma reunião com representantes do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) para discutir um requerimento apresentado por entidades representativas de moradores e ex-moradores das áreas impactadas pela mineração da Braskem, visando um "Tombamento Provisório da área de risco decretada pela Defesa Civil de Maceió".
A reunião, sob a coordenação das procuradoras da República Juliana Câmara, Niedja Kaspary e Roberta Bomfim, teve o intuito de discutir as demolições realizadas pela Braskem na área desocupada. O Iphan buscou o MPF para garantir que as demolições de imóveis sejam limitadas aos casos de efetiva emergencialidade, sob o risco de perda irreversível de bens que poderão ser protegidos pelo Iphan no âmbito do processo de tombamento em curso.
O Instituto destacou que o pedido de tombamento é uma situação nova e ainda em estágio inicial de análise, especialmente considerando que se trata de uma área marcada por um desastre ambiental. Ressaltando a importância de realizar avaliações patrimoniais, tanto materiais quanto imateriais e arqueológicas, a fim de dimensionar e propor espaços de preservação que possam salvaguardar a memória e a identidade cultural dessas comunidades.
Durante a reunião, foi ressaltada a importância do inventário sócio-participativo já em andamento no âmbito do Plano de Ações Sociourbanísticas – garantido pelo acordo socioambiental (2020) – como uma ferramenta fundamental, destacando a preocupação com o avanço das demolições, para evitar a perda da memória cultural dessas áreas afetadas.As procuradoras da República destacaram que os grupos culturais e os danos à memória dos bairros afetados é uma preocupação para os Ministério Públicos, tanto que o tema foi objeto de atenção no acordo socioambiental, visando justamente sua preservação. Elas também mencionaram que os imóveis com valor histórico apontado pelos entes públicos, após intervenção do MPF e do MPAL, já estão sendo protegidos e recebendo intervenções para que não tenham a estrutura afetada pelo afundamento do solo.
Pelo MPF foi manifestada satisfação com a aproximação do Iphan e destacada as possibilidades que podem ser alcançadas por meio do Comitê Gestor dos Danos Extrapatrimoniais, do qual o Iphan faz parte, e que foi concebido no âmbito do acordo socioambiental para que representantes da sociedade civil e de órgãos públicos definam a destinação de R$ 150 milhões pagos pela Braskem a título de indenização por danos morais coletivos.
Em 10 dias, o Iphan encaminhará o termo de referência (TR) enviado à Braskem no âmbito do processo de licenciamento ambiental para as demolições, a fim de que seja analisado pelo MPF e fundamente providências futuras.
A reunião foi marcada pela cooperação institucional e o comprometimento com a preservação do patrimônio cultural das comunidades afetadas, refletindo a importância do diálogo entre os órgãos públicos e a sociedade civil para enfrentar os desafios decorrentes do desastre causado pela exploração de sal-gema em Maceió/AL.
Últimas Notícias

Jovem autista emociona ao comprar presente de Dia das Mães sozinho: "Achei que ele nunca ia falar"

Marrone, da dupla com Bruno, cai do palco em show em Goiânia e leva pontos na testa

Irmão revela que Papa Leão XIV fez profecia antes de entrar no conclave e ignorou conselho

Casal condenado após devolver menino adotado teria se recusado ao acolhê-lo quando ele fugiu de abrigo para voltar à casa de ex-adotantes

PM inicia mês de maio com 21 armas de fogo retiradas de circulação em Alagoas
Vídeos mais vistos

Morte em churrascaria de Arapiraca

Homem que conduzia motocicleta pela contramão morre ao ter veículo atingido por carro, em Arapiraca

Festa termina com jovem morta e dois feridos no Agreste alagoano

3º Festival do Camarão em Arapiraca
