Alagoas registra alta de casos de hanseníase; entenda a doença

Por G1 AL 24/01/2024 21h09
Por G1 AL 24/01/2024 21h09
Alagoas registra alta de casos de hanseníase; entenda a doença
Hanseníase - Foto: Divulgação

Alagoas registrou 349 novos casos de hanseníase em 2023, o que representa alta de 32,2% em comparação aos casos diagnosticados em 2022. Os dados são do Ministério da Saúde.

A hanseníase, que já foi conhecida como lepra e mal de Lázaro, é uma doença infecciosa, contagiosa, que afeta os nervos e a pele e é causada por um bacilo chamado Mycobacterium leprae. Se o diagnóstico e o tratamento forem tardios, poderão ocorrer sequelas físicas.

Transmissão

A transmissão ocorre pelo contato próximo e prolongado com pessoas doentes que não estejam em tratamento. O contágio se dá por meio da fala, tosse ou espirro.

“A pessoa doente não tratada elimina bacilos ao respirar, falar e tossir. É importante saber que a hanseníase não é hereditária e há uma resistência natural contra essa doença”, explica Clodis Tavares, coordenadora do Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas por Hanseníase (Morhan) de Alagoas.

Não se transmite a hanseníase pelo aperto de mão, abraço, beijo ou relações sexuais, talheres, copos, pratos, alimentos, roupas ou piscina. Animais não transmitem a hanseníase.





Sintomas






Às vezes, esses sinais e sintomas não incomodam e surgem de forma lenta. Por isso, é importante ter o hábito de olhar o corpo rotineiramente.







Manchas esbranquiçadas (que lembram “pano branco”) e/ ou placas bem delimitadas, avermelhadas ou amarronzadas (que lembram “impinge”). Nessas manchas e placas, a sensação de calor ou frio, dor ou o toque estão alteradasem relação à pele sadia;
Áreas da pele sem manchas que são dormentes ou em que você não sinta dor quando machuca, em qualquer parte do corpo;
Dor e sensação de choque, formigamento, fisgadas, cãimbras e agulhadas nos braços e pernas, principalmente em mãos e pés;
Caroços e inchaços pelo corpo, em alguns casos avermelhados e doloridos.






Tratamento






A hanseníase tem cura e o tratamento é gratuito, feito nas Unidades de Saúde do SUS. O tratamento, feito com antibióticos, é denominado poliquimioterapia (PQT).



Os medicamentos são seguros e eficazes. Ainda no início do tratamento, a doença deixa de ser transmitida. Familiares, colegas de trabalho e amigos, além de apoiar o tratamento, também devem ser examinados.



É importante que os medicamentos sejam tomados regularmente. Ao final do período do tratamento, você será avaliado pelo médico e será orientado quanto aos cuidados após a alta.



Também é importante comparecer à unidade de saúde todos os meses para receber o medicamento e acompanhar a sua situação de saúde.