Ex-treinador de 10 seleções, Sven-Goran Eriksson revela que está com câncer terminal

Por redação com O Globo 11/01/2024 21h09
Por redação com O Globo 11/01/2024 21h09
Ex-treinador de 10 seleções, Sven-Goran Eriksson revela que está com câncer terminal
Treinador Sven-Goran Eriksson posa com David Beckham e premier Tony Blair em 2002, após convocar jogadores para Copa do Mundo de 2002 - Foto: Adrian Dennis/AFP Photo

O ex-treinador das seleções do México e da Inglaterra Sven-Goran Eriksson disse que tem apenas mais um ano de vida, de acordo com os mais recentes prognósticos. Um ano depois de anunciar o afastamento do futebol por motivos de saúde, o sueco afirmou que enfrenta um câncer terminal, em entrevista à rádio P1, de seu país natal.

— Todos podem ver que tenho uma doença que não é boa, e todos pensam que é câncer, e é. Tenho de lutar o máximo possível. É uma doença séria. Na melhor das hipóteses, tenho um ano de vida. Na pior, muito menos. Bem, na melhor das hipóteses, suponho que ainda mais de um ano. Não creio que os médicos possam ter certeza absoluta, não podem prever um dia — disse ele. — Vou resistir enquanto puder.

Sven-Goran Eriksson se notabilizou como treinador de seleções. Em 42 anos de carreira, ele esteve à frente de 10 delas: Suécia, Portugal, Itália, Inglaterra, México, Costa do Marfim, Tailândia, Emirados Árabes Unidos, China e Filipinas. Foi, aliás, o primeiro homem não inglês a comandar os atletas ingleses.

Sven-Goran Eriksson atuava como diretor esportivo no IF Karlstad, na Suécia, quando deixou o esporte. Ao longo da carreira, o treinador de 75 anos esteve à frente do plantel do Benfica durante cinco temporadas, em duas passagens pelo clube português. Levantou os troféus de campeão nacional, uma Taça de Portugal e uma Supertaça.

No futebol de clubes, além do Gotemburgo, com o qual ganhou a Taça Uefa, Eriksson passou por Roma, Fiorentina, Sampdoria, Lazio, Manchester City, Leicester, entre outros clubes.

Na entrevista à rádio sueca, o treinador disse que tem tentado manter o pensamento positivo.

— Tentamos enganar o cérebro, porque é muito fácil sucumbir, tornar-se negativo e ficar preso em casa. É melhor tentar ver o lado positivo e não ceder em tempos difíceis — ressaltou.