Audiência de conciliação para definir pagamento de auxílio termina sem acordo entre pescadores afetados pela mineração da Braskem e a empresa

Por Redação 18/12/2023 20h08 - Atualizado em 18/12/2023 22h10
Por Redação 18/12/2023 20h08 Atualizado em 18/12/2023 22h10
Audiência de conciliação para definir pagamento de auxílio termina sem acordo entre pescadores afetados pela mineração da Braskem e a empresa
Audiência de conciliação aconteceu em Maceió - Foto: Dicom TJAL

Terminou sem acordo nesta segunda-feira (18), na 30ª Vara Cível da Capital, uma audiência de conciliação entre representantes dos pescadores da Lagoa Mundaú e a Braskem. O objetivo era definir o pagamento de um auxílio referente ao mês de dezembro para os trabalhadores que fazem parte de zonas de navegação interditadas pela Capitânia dos Portos de Alagoas e também para aqueles que residem nessas áreas.

A audiência teve início na sexta-feira (15), depois que a juíza Isabelle Sampaio observou a urgência de um acordo entre as partes.

Após quatro horas de negociação, os pescadores decidiram não aceitar a proposta da Braskem, que definia o pagamento de um salário mínimo de auxílio emergencial para 759 pescadores até o próximo dia 25/12.

De acordo com a assessoria da Justiça de Alagoas, "entre as dificuldades para se fechar o acordo, estavam a falta de documentação atualizada de vários pescadores perante as entidades representativas".

Por conta do recesso do Judiciário, que começa na quarta (20), uma decisão sobre a situação só será tomada a partir do dia 2 de janeiro de 2024, quando as atividades normais serão retomadas.

Segundo a juíza Isabelle Sampaio, os representantes dos pescadores deverão apresentar documentos para apreciação de pedido liminar. Também há a possibilidade de que as duas partes cheguem a um acordo extrajudicial durante o período de recesso.