Ativista de enfermagem denuncia coerção à profissionais do Hospital Regional; assista

Por Redação 03/12/2023 18h06 - Atualizado em 03/12/2023 19h07
Por Redação 03/12/2023 18h06 Atualizado em 03/12/2023 19h07
Ativista de enfermagem denuncia coerção à profissionais do Hospital Regional; assista
Hospital Regional - Foto: Assessoria

A ativista política e de enfermagem, Debora Edinês utilizou as redes sociais na última sexta-feira, 01, para realizar uma denúncia contra a direção do Hospital Regional Nossa Senhora do Bom Conselho, em Arapiraca, no Agreste de Alagoas.

Conforme a ativista, os profissionais de enfermagem estariam sendo chamados para assinar um documento que aceitava o aumento da carga horária de trabalho, sem nem saberem quanto receberão pelo acréscimo de horas de serviço.

"Eles estão sendo chamados ao RH para assinar um acordo em que terão a carga horária aumentada, sem sequer saber quanto é que vai ser o seu salário, fazendo com que eles trabalhem mais, sem saber quanto vão ganhar", afirmou ela em vídeo.

A enfermeira relembrou que no começo deste ano, os profissionais de enfermagem do Hospital Regional teriam passado cinco meses sem receber salários.

"Seria aumentada de 30 para 40 hs semanais, sem informação de quanto será o salário, muitos estão se sentindo coagidos e também com medo de não serem demitidos. Absurdo e Covardia com a Categoria", reclamou a enfermeira.

Em resposta enviada ao Portal Já É Notícia, o médico, provedor do Hospital Regional, Dênis Moura, afirmou que Debora Edinês não faz parte do quadro de funcionários do Regional e que ela estaria realizando a denúncia para se promover e o aumento da carga horário está dentro das leis trabalhistas.

"É uma ativista política e a gente até entende que ela queira se promover, mas ela nunca foi funcionária do hospital. E isso não aconteceu. Todo que fizemos e fazer é dentro da lei, totalmente dentro das leis trabalhistas. A carga horário que nós fizemos, de 30h para 36h é adequada ao piso salarial, as pessoas vão receber proporcionalmente", afirmou o médico Dênis Moura.

"Nós éramos o único hospital que não tinha essa carga horário. Tem hospitais aqui que a carga horária é de 40h e tem alguns até de 44h. Não fizemos nada ilegal e ela não representa os enfermeiros regional. Talvez tenham ficado, realmente, dois ou três insatisfeitos, mas a grande maioria dos funcionários do Regional, dos enfermeiros, estão de mãos dadas conosco e o Conselho", completou o provedor.

Dênis Moura também relembrou a crise por qual o Hospital Regional passou e que se não tivessem assumido o controle da Unidade teria fechado. "Lembrando que na época os enfermeiros e os demais funcionários estavam com cinco meses de atraso salarial", pontuou.

O provedor do Regional ainda completou afirmando que tudo foi feito com embasamento jurídico e dentro da lei e acompanhado pela Justiça do Trabalho e pelo Ministério Público.

"É mais uma pessoa que está querendo se promover politicamente, que é candidata - eu soube que é candidata - e infelizmente não ganha- mas realmente não houve absolutamente nada", acusou ele, finalizando que "a família Regional está unida para a gente salvar o hospital, isso que é o mais importante".

Assista o vídeo da ativista: