Quem é a 'super vovó' de 116 anos que terá DNA estudado em busca de chave da 'imortalidade'

Maria Branyas tem muita história para contar. Com 116 anos de vida, ela sobreviveu à Covid, uma guerra civil, um terremoto e um incêndio, além das duas guerras mundais.
Diferentemente das pessoas com a sua idade, a idosa lembra vividamente da infância, além de não ter problemas cardiovasculares.
Intrigados, pesquisadores recolheram amostras de DNA da supercentenária para descobrir segredos inovadores sobre doenças e a idade, que podem revelar a chave para prolongar a vida humana.
Nascida em São Francisco em 1907, Maria Branyas vem de família espanhola e foi morar na Catalunha, aos 8 anos. Ao longo da vida, a idosa teve três filhos: uma de 90 anos, outra de 79 e um filho que morreu em um acidente, aos 77.
Maria diz que nunca teve alguma doença nem esteve em uma sala de cirurgia. Ao longo da vida, a supercentenária sempre comeu “pouco, mas de tudo” e não foi adepta a regimes. Ela afirma tomar iogurte natural todos os dias, além de ter cortado “pessoas tóxicas” do seu convívio.
— A minha vida longa se deve à ordem, tranquilidade, boa conexão com amigos e família, contato com a natureza, estabilidade emocional e muita positividade. Além dos genes e de sorte, claro —, justifica Maria Brayner.
Quando era jovem, a supercentenária sofreu um acidente, enquanto brincava com os irmãos a bordo de um navio. Ela caiu e acabou perdendo a audição de um ouvido permanentemente.
Maria vivenciou diferentes cenários conturbados ao longo de seus 116 anos de vida O primeiro deles foi em 1915, quando chegou a Barcelona, durante a Primeira Guerra Mundial. Alguns anos depois, em 1936, quando tinha 29 anos, ela conta ter adquirido "memórias muito ruins" da Guerra Civil Espanhola.
A idosa também sobreviveu à Segunda Guerra Mundial e à pandemia da Covid-19. Maria Branyas testou positivo para o coronavírus poucas semanas depois de completar 113 anos, mas se recuperou em poucos dias.
Como será o estudo
O pesquisador espanhol e médico referência na área de genética, Manel Esteller, visitou a “super vovó” no início do ano e contou ao jornal espanhol ABC que a idosa está completamente lúcida.
— Ela lembra com clareza de episódios de quando tinha apenas quatro anos e é saudável, tirando alguns problemas na locomoção e audição. Está claro que há algum componente genético, porque vários membros de sua família têm mais de 90 anos —, diz Esteller.
O estudo vai analisar seis bilhões de segmentos do DNA de Maria, com foco nos genes diretamente ligados ao envelhecimento, e os resultados serão comparados aos de sua segunda filha, que tem 79 anos.
Manel Esteller espera que o estudo do DNA da “super vovó” permita o desenvolvimento de remédios capazes de atuar sobre doenças neurodegenerativas e cardiovasculares associadas à idade e ao câncer.
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