A queda de cabelo afeta 50% das mulheres. Saiba como identificar e tratar o problema

Por Marie Clarie 09/08/2023 10h10 - Atualizado em 09/08/2023 11h11
Por Marie Clarie 09/08/2023 10h10 Atualizado em 09/08/2023 11h11
A queda de cabelo afeta 50% das mulheres. Saiba como identificar e tratar o problema
A queda de cabelo afeta 50% das mulheres, segundo a dermatologista Flavia Addor - Foto: Pexels

É normal que o cabelo perca de 50 a 150 fios por dia. Quando o volume é maior que esse, é importante ligar o alerta. A queda capilar e a calvície são problemas constantes na vida de diversas mulheres e podem acontecer por várias causas, como mudanças hormonais, estresse e predisposição genética.


De acordo com a dermatologista Flavia Addor, até 50% das mulheres podem sofrer de com a perda de cabelo. “As alopecias são a designação científica para queda dos fios. Dividimos didaticamente entre não cicatriciais (reversíveis), em que estão as mais comuns, que são a alopecia androgenética (calvície) e eflúvio telógeno (descompasso do ciclo capilar decorrente de estresses físicos ou emocionais, como infecções, medicamentos, estresse emocional) e as cicatriciais (irreversíveis) relacionadas a doenças do couro cabeludo, como o lúpus”, explica.


Há muitas possibilidades para que a queda de cabelo seja provocada. “Doenças do couro cabeludo, doenças sistêmicas, fenômenos naturais como puerpério e envelhecimento, predisposição genética, problemas hormonais e nutricionais são alguns dos motivos. Por isso é importante haver uma investigação médica para definir a causa e, portanto, o tratamento”, diz a dermatologista.


Para além de entender o tipo de alopecia, a reversão do quadro só é possível em casos de diagnósticos corretos e precoces, afirma Flavia. Existem alguns tratamentos que recuperam os fios. Fizemos uma lista de alguns deles. Dê uma olhada:


Minoxidil


“O mecanismo de ação do minoxidil ainda não é completamente conhecido, mas parece melhorar a vascularização do folículo piloso. Ele deve ser usado na área de queda, de preferência duas vezes ao dia. O uso oral ou injetável é off label, isto é, não é oficial”, esclarece a médica.


“Localmente, não há restrição, mas pode haver alergias - ou não funcionar, já que não trata todas as formas e causas de alopecia”.


Dermocosméticos


“Produtos encontrados em farmácias, e que sejam destinados à queda de cabelo, podem ter resultados. Mas isso depende, há cosméticos que contam com diversos estudos, enquanto outros não têm a mínima comprovação. Por isso, é importante procurar um médico para indicar algum que seja cientificamente comprovado em segurança e eficácia”, destaca.


“Qualquer tratamento capilar é longo, e os primeiros resultados começam a aparecer significativamente a partir de 3 a 4 meses. Por isso, mais uma vez é importante determinar a causa para não perder tempo em um tratamento inútil”.


Microagulhamento


“Consiste em usar um dispositivo (existem vários, automáticos, robóticos, ou o rolinho manual) que faz microfuros na epiderme e permitem uma estimulação da circulação e nutrição dos folículos, assim também como do colágeno e estruturas que o rodeiam e o suportam”.


“Em alguns casos, não é recomendado. Para quem tem foliculites, por exemplo. No geral, pode levar a algum incomodo sim, mas há formas de minimizar o desconforto que o médico pode utilizar. O pós é muito tranquilo, geralmente os cuidados são no máximo em até 12 horas depois do procedimento”, conta.


Touca de LED


“Há estudos demonstrando que as toucas de LED melhoram o aproveitamento de energia na célula e sua vitalidade, melhorando a síntese do fio. Tem efeito benéfico na alopecia androgenética e eflúvio telógeno. O correto é associá-la a outras técnicas de crescimento para que, em três ou quatro meses, os resultados apareçam”, finaliza Flavia.