Sargento atira em colega do Exército e é morto por policial em festa julina em Uberlândia

Por redação com G1 15/07/2023 15h03 - Atualizado em 15/07/2023 15h03
Por redação com G1 15/07/2023 15h03 Atualizado em 15/07/2023 15h03
Sargento atira em colega do Exército e é morto por policial em festa julina em Uberlândia
Sargento Stephanie Magalhães foi morta a tiros em festa julina em Uberlândia - Foto: Redes Sociais

Duas pessoas morreram e três ficaram feridas durante um tiroteio em uma festa julina promovida pelo Exército no Grêmio Recreativo de Subtenentes e Sargentos de Uberlândia (Gressu) na noite de sexta-feira (14).

As duas vítimas, que eram militares, são:

Sargento Stephanie da Silva Magalhães, de 26 anos;
Sargento Isaque Frederico Silva Ferreira, de 32 anos, responsável por iniciar o tiroteio.

O g1 teve acesso ao boletim de ocorrência registrado sobre o caso. Segundo o documento, Isaque viu Stephanie na festa acompanhada do namorado dela. Testemunhas disseram que Isaque gostava dela, mas não tinha o sentimento correspondido.

Com isso, ele atirou várias vezes no companheiro da jovem, que teve ferimentos graves. Depois, também disparou contra a sargento.

Ainda conforme o boletim, Isaque continuou a atirar em Stephanie mesmo com ela caída no chão. Em seguida, um policial penal que participava da festa atirou em Isaque para evitar que mais pessoas fossem atingidas.

Em nota, o 36º Batalhão de Infantaria Mecanizado de Uberlândia prestou condolências às famílias das vítimas e disse que instaurou um inquérito Policial Militar para apurar o ocorrido. Veja o posicionamento na íntegra mais abaixo.

Já a Polícia Civil informou que a perícia oficial compareceu ao local para realizar os levantamentos iniciais e que trabalha para apurar as circunstâncias do ato.

O Departamento Penitenciário de Minas Gerais (Depen), ligado à Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), informou que o policial penal que atirou em Isaque estava de folga. O órgão afirmou ainda que "acompanha o desenrolar das investigações criminais por parte da Polícia Civil, e tomará as medidas administrativas cabíveis, dentro do processo legal".

A Polícia Militar (PM) afirmou que não vai se manifestar oficialmente. Já o Corpo de Bombeiros informou que esteve no local, mas que as vítimas foram socorridas por terceiros e que a corporação não atuou na ocorrência.

Convidados relatam momentos de tensão

O evento começou às 19h, na sede do Gressu, no Bairro Jaraguá. Nas redes sociais, pessoas que estavam na festa relataram os momentos de tensão durante a troca de tiros.

Um dos convidados contou que, quando ouviram o som dos disparos, várias pessoas ficaram desesperadas e deitaram no chão.

"Eu estava lá, próximo ao brinquedo da pescaria. Cheio de crianças e famílias lá, um desespero, todos deitando no chão. Ouvimos um estalo, achamos que era foguete... Alguém gritou 'é tiro' e todos desesperam... E foram muitos tiros em seguida... Vi uma moça caída, uma baleada na perna, [um] cara sendo colocado na viatura sendo feito massagem cardíaca e muita correria... Foi desesperador", lembrou.

Outra participante disse que fazia uma apresentação musical na festa quando os tiros começaram.

"Estávamos no meio da apresentação e o tiroteio aconteceu na parte externa. Foi desesperador".

O que diz o Exército

"Sobre os fatos ocorridos na noite de 14 de julho de 2023, no Grêmio Recreativo de Subtenentes e Sargentos de Uberlândia, o 36º Batalhão de Infantaria Mecanizado externa profundas condolências às famílias dos dois militares que perderam suas vidas. Os três feridos foram prontamente socorridos e encontram-se hospitalizados. Por fim, o Batalhão Coronel Cláudio Leig ratifica o seu compromisso em apurar de forma criteriosa o ocorrido, por intermédio de um Inquérito Policial Militar já instaurado"