Fumaça causada por incêndio no Canadá chega até países da Europa

Por redação com G1 08/06/2023 09h09
Por redação com G1 08/06/2023 09h09
Fumaça causada por incêndio no Canadá chega até países da Europa
Homem coloca celular próximo à orelha do lado da ponte George Washington em Nova Jersey, nos EUA, em 7 de junho de 2023 - Foto: Seth Wenig/AP

Centenas de incêndios florestais descontrolados atingiram o Canadá nesta quarta-feira (7), comprometendo infraestruturas, forçando pessoas a deixarem suas casas e criando uma nuvem de fumaça que cobriu algumas cidades da costa leste dos EUA, principalmente, Nova York.

Essa névoa espessa deixa o ar mais obscuro e torna a coloração do céu laranja.

Segundo o Instituto Norueguês de Pesquisa Climática e Ambiental ela deve chegar ao país do norte europeu ainda nesta quinta. Nações como a Groenlândia e a Islândia já sofrem com a camada de fumaça no ar.

"Isso (fumaça) provavelmente permanecerá pelos próximos dias. Podendo chegar até o fim de semana", disse o meteorologista do Serviço Nacional de Meteorologia dos EUA, Bryan Ramsey.

O governo do estado de Nova York está produzindo cerca de 1 milhão de máscaras faciais do tipo N-95, sendo que, dessas, 400 mil irão ser enviadas e distribuídas na cidade de Nova York.

“É provável que as condições permaneçam insalubres, pelo menos até que a direção do vento mude ou os incêndios sejam apagados”, disse Ramsey.

Cerca de 3,8 milhões de hectares (38 mil km²) já queimaram, cerca de 15 vezes a média de 10 anos, informou o ministro canadense de preparação para emergências, Bill Blair.

"Em todo o país, até hoje, existem 414 incêndios florestais, 239 dos quais estão fora de controle", disse ele em um briefing. A gigantesca província oriental de Quebec está entre as mais afetadas.

O primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, disse que conversou com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, por telefone na quarta-feira para agradecê-lo pelo "apoio crítico" no combate às chamas. Centenas de bombeiros americanos já chegaram ao Canadá.

Até agora, cerca de 11.400 pessoas tiveram que deixar suas casas em partes remotas do norte de Quebec e outras 4.000 devem sair em breve, disse o premiê de Quebec, François Legault.