Parkinson pode ser causado por uma bactéria comum, sugere estudo

Um tipo comum de bactéria encontrada em ambientes úmidos e pantanosos pode ter um papel importante no desenvolvimento da maioria dos casos de Parkinson, afirma um estudo feito por pesquisadores da Universidade do Leste da Finlândia e da Universidade de Helsinque.
A causa específica da doença ainda é um mistério para a ciência. O Instituto Americano de Distúrbios Neurológicos e Derrames estima que apenas 15% a 25% das pessoas com Parkinson tenham casos na família. O novo estudo, publicado no dia 1º de maio na revista Frontiers in Cellular and Infection Microbiology, traz uma nova luz para o assunto.
“A doença é provocada principalmente por fatores ambientais, incluindo a exposição às cepas bacterianas Desulfovibrio. Apenas uma pequena parcela, cerca de 10%, da doença de Parkinson é causada por genes individuais”, afirma o professor microbiologista e principal autor do estudo, Per Saris, em comunicado publicado pela Universidade de Helsinque.
O estudo analisou as amostras de fezes de 10 pacientes com Parkinson e de seus cônjuges que não tinham a doença. Os pesquisadores isolaram quaisquer cepas de Desulfovibrio presentes nas amostras e os compararam a dois grupos de controle diferentes de bactérias pertencentes a outro gênero.
Em seguida, espécimes transgênicos do nematóide Caenorhabditis elegans foram alimentados com os microrganismos extraídos. Eles foram modificados para expressar α-sinucleína humana.
Estudos anteriores mostram que, tanto na forma hereditária quanto espontânea da doença, a disfunção neuronal e a morte celular parecem ter uma relação forte com o acúmulo intracelular da proteína α-sinucleína. Ela é um importante componente dos corpos de Lewy – agregados de neurofilamentos dos neurônios em degeneração.
Os nematóides com o Desulfovibrio eram muito mais propensos a produzir acúmulos de α-sinucleína e esses aglomerados eram maiores. As cepas de Desulfovibrio coletadas de pacientes com Parkinson foram melhores em agregar as proteínas nos C. elegans do que as coletadas dos parceiros.
“Nossas descobertas tornam possível rastrear os portadores dessas bactérias nocivas. Consequentemente, eles podem ser alvo de medidas para remover essas cepas do intestino, potencialmente aliviando e retardando os sintomas de pacientes com doença de Parkinson”, sugere Saris.
De acordo com o microbiologista, uma vez que a bactéria é eliminada do intestino, os agregados de α-sinucleína não são mais formados nas células intestinais, de onde viajam para o cérebro através do nervo vago.
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