Morador da zona rural de Arapiraca, estilista quer ajuda para participar de evento de moda nacional

Por Redação com assessoria 04/05/2023 18h06 - Atualizado em 05/05/2023 10h10
Por Redação com assessoria 04/05/2023 18h06 Atualizado em 05/05/2023 10h10
Morador da zona rural de Arapiraca, estilista quer ajuda para participar de evento de moda nacional
Estilista arapiraquense - Foto: Ascom

A Roça. Essa foi a primeira coleção assinada pelo estilista alagoano, Jonhson Alves, 41, que aprendeu a costurar com ajuda da mãe e da avó até virar matéria em revista internacional sobre moda. Dos primeiros rabiscos e ensaios ao pé da máquina caseira, ele seguiu em voo solo para São Paulo, onde morou, estudou e trabalhou por uma década. Em 2020, rumou de volta à terra natal, onde vive atualmente- mais precisamente na zona rural de Arapiraca, no povoado chamado Serrote, um pequeno lugarejo voltado para a agricultura familiar.

“ Eu sei que não é fácil vencer os desafios de morar num lugar longe de grandes movimentos do mercado da moda, mas sei que posso vencer a partir daqui”, disse ele. E para isso ele tem costurado uma carreira de sucesso, embora os alinhavos sejam difíceis nesse mercado de grande potencial, porém de máxima competitividade.

Da roça para as passarelas Johson segue seu caminho. Foi o único alagoano presente no Festival de Moda de Fortaleza, em 2017, maior evento de moda autoral da América Latina. Lá, fez bonito com a coleção “ As Cholas”. No ano seguinte foi a vez da “ Renda-se ao Guerreiro”, que lhe rendeu matéria com foto na revista Vogue Italiana.

Bendita costura


Agora, outra vez selecionado, Jonhson prepara 25 modelos para desfile na capital cearense com a marca conceito sobre “ As Benzedeiras”. Vale salientar que ele é responsável pela concepção, desenho e confecção de cada peça.

Formado em moda pela antiga faculdade Uniban e pós graduação pelo Senai, o alagoano foi figurinista do filme Deus é Brasileiro, de Cacá Diegues além de ter atuado como personagem no curta metragem “O Retirante”. Agora ele quer encarar outra vez o personagem de costureiro de arte, cultura, magia e estilo tão brasileiros. Tudo com a grife de um arapiraquense raiz. “ Por amor as minhas origens eu fiquei. Sei que vou conseguir; e terei além da ajuda necessária, o reconhecimento da minha arte que tem a nossa identidade. Por isso onde eu for, tudo isso irá estar em meus trabalhos”, disse ele.