Justiça torna réu jovem que mordeu rosto de turista paraguaia durante tentativa de assalto

Por redação com G1/AL 22/03/2023 19h07
Por redação com G1/AL 22/03/2023 19h07
Justiça torna réu jovem que mordeu rosto de turista paraguaia durante tentativa de assalto
Homem acusado de morder turista paraguaia em tentativa de assalto em Maceió permanece preso desde janeiro - Foto: Reprodução

A Justiça tornou réu nesta quarta-feira (22) o jovem que rasgou o rosto de uma turista do Paraguai com uma mordida durante uma tentativa de assalto na Cruz das Almas, Maceió. O juiz Antonio Barros da Silva Lima também negou o pedido de liberdade provisória de Paulo Cezar dos Santos da Silva, que está preso desde janeiro.

O crime aconteceu no dia 24 de janeiro. Alyna Calaça, de 18 anos, passava férias na casa de familiares em Maceió e estava caminhando na praia quando foi vítima da agressão. Ao ser preso, o jovem negou o crime e disse que foi confundido com o verdadeiro assaltante.

Por causa da gravidade do ferimento, Alyna precisou levar 14 pontos no rosto. Paulo Silva foi preso em flagrante e depois teve a prisão preventiva decretada em audiência de custódia.

A Justiça já havia negado o pedido de liberdade provisória de Paulo outras duas vezes. Na decisão desta quarta, o juiz Antonio Lima justificou que a manutenção da prisão de Paulo é importante para a garantia da ordem pública e para assegurar a aplicação da lei penal.

"Cabe destacar que o crime em questão possui como peculiaridade a subtração de coisa móvel alheia mediante emprego de violência e/ou grave ameaça, fatores que revelam a inadaptação do meio social em que vive o acusado, com um caráter eivado de vício que pode ser atentatório à ordem pública e causa uma repulsa por toda a sociedade", argumentou o magistrado.

Ao concluir o inquérito, o delegado Robervaldo Davino, do 6º Distrito Policial, disse que Paulo pode ter feito mais vítimas. Na decisão mais recente, o juiz também destacou que o jovem responde a outros processos.

"Anote-se, ainda, por importante, que o denunciado é contumaz no cometimento de crimes/atos infracionais, havendo, assim, possibilidade de que uma vez solto volte a delinquir. Além de toda essa conjuntura torna patente a necessidade de assegurar a ordem pública, para acautelar o meio social, bem como para assegurar a credibilidade da justiça, que reprime, de imediato, crimes que causam repercussão e temor na comunidade".