Projeto da Seris reduz o número de analfabetos no sistema prisional alagoano
Enxergar um mundo novo por meio da leitura. Essa é proposta do projeto Novas Letras, desenvolvido pela Secretaria de Estado da Ressocialização e Inclusão Social (Seris), que busca alfabetizar os reeducandos do sistema prisional alagoano. Desde o segundo semestre do ano passado, estão sendo beneficiados custodiados da penitenciária masculina Baldomero Cavalcanti, Núcleo Ressocializador da Capital e do setor de Reintegração Social. Mais de 50 reeducandos já conseguiram aprender a ler por meio do projeto.
As aulas acontecem duas vezes por semana, durante todo ano e de forma contínua. Nos encontros, além do português, os participantes recebem aulas de matemática, com resolução de contas básicas; e de cartografia básica, para que eles consigam fazer a leitura das placas de sinalização dos locais e vias públicas. Após o aluno ser alfabetizado, ele já é encaminhado para o ensino fundamental formal, por meio da modalidade de Ensino de Jovens e Adultos (EJA).
A coordenadora pedagógica da supervisão de Educação da Seris, Thaisa Bandeira, relata que alguns alunos, após aprender a ler, já começam a participar de outras iniciativas de incentivo à leitura, promovidos pela pasta, como o projeto Lêberdade, que possibilita a remição por meio da leitura de obras literárias.
“O projeto Novas Letras garante aos reeducandos que não tiveram acesso ao ensino letrado fora da prisão a oportunidade de se alfabetizarem. A evolução é tão transformadora que, após a aprendizagem, o custodiado que antes não sabia ler não só consegue ler tudo o que está escrito a sua volta como também se sente apto a participar de projetos de incentivo à prática contínua da leitura, como o Lêberdade, frisou a coordenadora.
Segundo a policial penal e gerente de Educação, Produção e Laborterapia da Seris, Cinthya Moreno, o objetivo do projeto é diminuir cada vez mais o número de analfabetos no sistema prisional alagoano.
“A nossa meta é grandiosa, buscamos reduzir em cem por cento o número de analfabetos privados de liberdade em Alagoas. Pois a educação e o acesso à leitura são importantes instrumentos para a paz social”, afirmou a gerente.
A gestora também enfatizou a importância da união de forças para promover a redução do analfabetismo no stado. “Para que o nosso trabalho siga promovendo a transformação, precisamos da participação de outros agentes de mudança nesse processo. Por isso, estamos buscando firmar parcerias com outras instituições governamentais, como as Secretaria de Estado da Educação e da Cultura, que tenham interesse em auxiliar nesta iniciativa tão importante para a nossa sociedade”, concluiu Cinthya Moreno.
Benedito dos Santos, 52 anos, é um dos alunos do projeto Novas Letras. Segundo ele, participar de um projeto como esse foi um renascimento. “Este estudo, pra mim, foi como nascer de novo. Eu não sabia nem a primeira letra do meu nome e, agora, já sei escrever o meu nome completo e ler várias palavras. Nós queremos que a sociedade veja que estamos correndo atrás de fazer o nosso melhor e aproveitando uma oportunidade que não tivemos. Eu não tive estudo e, agora, com 52 anos, graças a este projeto, já consigo ler. Por isso, tenho muito a agradecer pela oportunidade”, finalizou Benedito.
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