Alagoas zera ocupação de leitos de UTI por Covid

Após períodos onde a ocupação de leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) para covid-19 era preocupação constante das autoridades de saúde, Alagoas terminou essa terça-feira (24) com zero pacientes internados nas unidades para tratamento. Os dados constam no boletim divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau/AL).
Essa é a primeira vez em 2023 que esse tipo de leito está totalmente disponível em todo estado. Em 1º de janeiro, por exemplo, havia 18 pacientes internados nas unidades, sendo 10 em Maceió e 8 no interior, o que representava 29% de taxa de ocupação nas UTIs.
Ao longo do mês, já era possível perceber a diminuição constante nessas unidades. Essa decrescente teve início já no dia 8 do mês. De 14 a 18 de janeiro apenas um leito ficou ocupado e desde segunda, dia 23, o estado zerou com pacientes nas unidades intensivas.
O Estado tem três tipos de leitos para pacientes com confirmação ou suspeita da Covid-19: leitos clínicos, destinados a pacientes menos graves; leitos intermediários com respirador, em Unidades de Pronto Atendimento (UPA) para estabilização do paciente até que seja transferido a um hospital; e leitos de UTI, destinados a pacientes em situação grave.
Atualmente, os únicos leitos ocupados em Alagoas são os clínicos. Apesar disso, é possível perceber que há uma grande redução comparando com períodos críticos que o estado enfrentou.
Dos 124 leitos clínicos disponíveis para o tratamento da covid-19, apenas 18 tem pacientes internados, uma taxa de 15% de ocupação. São 80 leitos na capital e 13 seguem ocupados, o que representa um percentual de 16%; já no interior a ocupação é de 5 leitos dos 41 disponíveis, com taxa de 12%.
Os dados mostram ainda que Alagoas segue disponibilizando para a população 154 leitos entre clínicos, com respirador, unidades intermediárias e de terapia intensiva. Há apenas 18 ocupados numa taxa que chega a apenas 12%.
O médico infectologista, Fernando Maia, explica que é nítida essa redução de casos, principalmente em leitos disponibilizados para pacientes que desenvolvem a doença na forma mais grave.
“Isso indica a praticamente na inexistência de casos graves e se deve a dois fatores: a redução de casos, o que é natural dessa época do ano, porque nessa época já há uma queda das doenças respiratórias como um todo, mas principalmente por causa da vacinação ter avançado e isso tem ajudado a controlar, a segurar esses casos graves. Precisamos ainda seguir em monitoramento, até meados de abril e maio que é quando começam os registros de viroses respiratórias para ficar de olho e ver se a covid terá novo aumento ou não, mas para nós é um cenário bastante positivo”, avaliou o médico.
Apesar dos números positivos, Maia alerta que ainda é necessária cautela, já que não significa o fim da pandemia.
“O fim da pandemia é decretado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e ainda há casos ocorrendo no mundo todo. Acredito que a decretação vai demorar porque as realidades em outros países, principalmente na África, são muito diferentes. Precisamos, então, aguardar para ver o cenário no mundo. Sem dúvida, estamos num momento favorável, com a redução de casos e avanços da vacinação, mas é importante ainda seguir focados no esquema vacinal completo. Isso garante mantermos esse nível de proteção elevado e evitar formas graves e mortes”, concluiu.
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