MP denuncia cinco acusados de matar auditor fiscal por homicídio triplamente qualificado e pede 40 anos de prisão

Por redação com assessoria 17/10/2022 18h06
Por redação com assessoria 17/10/2022 18h06
MP denuncia cinco acusados de matar auditor fiscal por homicídio triplamente qualificado e pede 40 anos de prisão
Auditor foi morto em canavial - Foto: Cortesia

O Ministério Público de Alagoas (MP/AL) ofertou denúncia contra cinco pessoas acusadas no assassinato do auditor-fiscal João de Assis Pinto Neto. O órgão defende que o grupo deve cumprir pena máxima de 40 anos de prisão. A oferta de denúncia é assinada pela promotora de Justiça, titular da 42ª Promotoria de Justiça, com atuação no 3º Tribunal do Júri da Capital.

Embasada no inquérito policial, a promotora de Justiça Adilza Freitas defende a pena máxima para os assassinos, que, de forma individualizada, tiveram participação na execução. Além de buscar condenação por homicídio triplamente qualificado, a representante ministerial lutará também que sejam condenados nos crimes conexos, como ocultação de cadáver e corrupção de menor.

“Foi um crime que chocou a todos pelos requintes de crueldade. A vítima, ao adentrar o estabelecimento, sofreu, por mais de uma hora, sessões de espancamento, apedrejamento, além de ser asfixiada e esfaqueada. Os irmãos Ronaldo e Ricardo com participação direta em toda a violência sofrida pelo senhor João de Assis que nada mais estava a fazer senão cumprindo seu papel de auditor, notificando um comerciante que descumpria suas obrigações fiscais . Então, o Ministério Público defenderá pena máxima com todas as qualificadoras para os autores em busca de uma justiça que amenize a dor dos familiares e que também dê uma resposta à sociedade”, ressaltou a promotora Adilza Freitas.

São acusados do crime os irmãos Ronaldo Gomes de Araújo e Ricardo Gomes de Araújo da Silva, também de Maria Selma Gomes Meira (mãe), além de João Marcos Gomes de Araújo (irmão de Ronaldo e Ricardo), Vinicius Ricardo de Araújo Silva, esses últimos sendo participes prestando apoio moral, visando garantir o sucesso da execução do homicídio.

Sobre o adolescente envolvido, que era funcionário do estabelecimento, foi enviada cópia do inquérito para a Vara da Infância e da Juventude com competência para julgar. Ronaldo e Ricardo foram os responsáveis pela sessão de violência, que foi submetida à vítima. Os acusados foram denunciados por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver e corrupção de menor.

João Assis foi assassinado, teve o corpo queimado e desovado em um canavial, segundo a polícia. O auditor-fiscal teria incomodado os donos do estabelecimento “Ponto 29”, localizado no conjunto Cleto Marques Luz, no bairro Tabuleiro do Martins, em Maceió, que o mataram por encontrar possíveis irregularidades fiscais em seu estabelecimento comercial.