Aposentada perde R$ 208 mil achando que namorava Johnny Depp

Uma brasileira de 61 anos, aposentada, entregou R$ 208,4 mil a um golpista que fingia ser o ator norte-americano Johnny Depp.
A mulher, moradora de Osasco, em São Paulo, iniciou em outubro de 2020 uma conversa no Instagram com um falso perfil do ator.
De acordo com o relato que ela fez à Justiça, no princípio, as conversas eram sobre "assuntos do cotidiano", mas, com o tempo, a pessoa que se passava pelo ator passou a contar "uma história triste de que precisava de dinheiro para o pagamento de condenações em processos nos quais ele estava envolvido".
À época, o ator estava envolvido em uma disputa judicial com Amber Heard, sua ex-mulher, que o acusara de violência doméstica (em junho deste ano a Justiça deu uma sentença favorável a Depp).
"Junto com a história triste de não ter dinheiro para pagar as referidas taxas, teve início um 'romance' onde começaram as promessas do golpista de levar a autora [do processo] para morar com ele", afirmou à Justiça a advogada que a representa.
"A pandemia contribuiu para que ela acreditasse em toda mentira contada pelo golpista, haja vista o abalo emocional vivenciado. Ela só procurava uma saída ou mudança de vida."
De acordo com o processo, a aposentada chegou a realizar uma cirurgia plástica acreditando que iria morar em Los Angeles, nos Estados Unidos.
A aposentada disse também ter vendido um carro e uma casa para ajudar o falso Depp. Os depósitos foram feitos no Banco Brasil em uma conta que o golpista disse ser do "amigo brasileiro de seu advogado".
Os depósitos, de acordo com o processo, foram feitos nos dias 30 de novembro de 2020 (R$ 15 mil), 1º de dezembro de 2020 (R$ 40,4 mil) e 7 de dezembro de 2020 (R$ 153 mil).
As conversas com o falso Depp foram interrompidas apenas quando o filho da aposentada a questionou sobre as transferências e descobriu que ela fora vítima de um golpe.
A aposentada entrou na Justiça contra o Banco do Brasil. Afirmou que a instituição permitiu que um golpista abrisse uma conta fraudulenta, "por falta de manutenção e fiscalização".
De acordo com a mulher, o banco possui responsabilidade pelo serviço prestado ao consumidor em fraudes cometidas por terceiros. "Houve nítida negligência do banco", afirmou à Justiça.
O Banco do Brasil se defendeu no processo argumentando que a mulher "transferiu os valores por livre e espontânea vontade", não tendo interferido nas operações.
"O prejuízo não foi causado pelo banco, mas em razão de acontecimentos que escapam ao seu poder", afirmou a defesa do Banco do Brasil no processo.
A juíza Clarissa Alves rejeitou a acusação contra o banco, mas a aposentada ainda pode recorrer.
Últimas Notícias

Câmara aprova projeto que reajusta salários de servidores públicos

Morre aos 96 anos a atriz Dorinha Duval, a primeira Cuca do 'Sítio do Picapau Amarelo'

Rio confirma mais duas mortes por febre do Oropouche

Americana de 22 anos tem as duas pernas decepadas durante cruzeiro nas Bahamas

Aluna morta por colega em colégio particular recebeu bilhete com ‘sentença de morte’, diz polícia
Vídeos mais vistos

Festa termina com jovem morta e dois feridos no Agreste alagoano

Morte em churrascaria de Arapiraca

Homem que conduzia motocicleta pela contramão morre ao ter veículo atingido por carro, em Arapiraca

Festa de 71 anos de Feira Grande
