VÍDEO. Advogado dá voz de prisão a desembargador durante audiência em Minas Gerais

Por Redação com R7 24/09/2022 07h07
Por Redação com R7 24/09/2022 07h07
VÍDEO. Advogado dá voz de prisão a desembargador durante audiência em Minas Gerais
Advogado deu voz de prisão a desembargador em Minas Gerais - Foto: Reprodução

Um advogado deu voz de prisão a um desembargador do Tribunal Regional do Trabalho (TRT-3) durante uma audiência da 3ª Turma da Corte na última quarta-feira (21). O advogado Tiago Jonas Aquino se envolveu em uma confusão com o desembargador Milton Vasques Thibau de Almeida, após ter o pedido de sustentação oral negado.


O desembargador mudou o voto proferido em um caso atendido por Jonas. O advogado pediu para fazer nova sustentação, ou seja, para falar novamente. No entanto, o magistrado negou o pedido e como o advogado insistiu, ele determinou que ele saísse da sala de audiências, acompanhado da polícia.


Sem concordar, Jonas disse que estava sendo preso ilegalmente e deu voz de prisão ao desembargador por abuso de autoridade. O defensor destacou que qualquer cidadão brasileiro pode anunciar a prisão de quem cometer crime passível de prisão em flagrante. Porém, durante a transmissão, a ordem não foi acatada pelo policial e o juiz deixou a sessão junto com os colegas. O advogado permaneceu na sessão discutindo com o policial, até que a transmissão é cortada.


O embate entre os dois juristas começou em 2020, quando o desembargador chamou a sustentação oral de Jonas de "confusa", durante uma audiência por vídeoconferência. O advogado então xingou o desembargador e o magistrado respondeu dizendo que mudaria seu voto. Na sessão de quarta, Milton Vasques de fato mudou de avaliação.


A OAB Minas Gerais e a Associação Mineira de Advogados foram acionadas na quinta-feira (22) para acompanharem o advogado em uma sessão de julgamento no tribunal, que comunicou às entidades ter recebido voz de prisão por um desembargador.


Na ocasião, compareceram, pessoalmente, o procurador geral de prerrogativas da OAB-MG e o procurador regional de prerrogativas da Zona da Mata II e, remotamente, a presidente e diretores da AMAT, que resultou em sua liberação. As duas entidades continuam acompanhando os desdobramentos do incidente com vistas à tomada de providências que julgarem necessárias.