Médico é agredido com capacete ao negar atestado médico de três dias

Por Redação com G1 19/09/2022 14h02 - Atualizado em 19/09/2022 15h03
Por Redação com G1 19/09/2022 14h02 Atualizado em 19/09/2022 15h03
Médico é agredido com capacete ao negar atestado médico de três dias
Médico foi agredido porque se negou a dar atestado de três dias, pedido pelo pai do paciente - Foto: Reprodução/G1

O médico Diego Ferreira Santana, de 30 anos, foi agredido nesse domingo (18) pelo pai de um paciente por se negar a dar um atestado de três dias, em Aragoiânia, em Goiás. O profissional recebeu golpes de capacete, ficou com um osso do rosto quebrado e um corte na região. Após a agressão, o homem ainda teria voltado de moto e rondado algumas vezes o hospital.


“Ele me deu um golpe com o capacete e eu caí no chão. Eu tive um lapso de consciência e ele veio para cima dando outros golpes. Eu me defendi, mas fiquei atordoado no momento”, disse.


O médico disse que o paciente, que tem 17 anos, teve uma lesão no joelho e chegou à unidade com dor. Ele foi medicado e o profissional deu um atestado de um dia. O pai pediu um atestado de três dias, mas Diego disse que não seria possível.


“O paciente saiu sem dor, andando, estava apto para trabalhar no dia seguinte. O pai começou a xingar a todos e eu fui conversar com ele. Nesse momento, ele me deu o golpe com o capacete”, contou. Ele registrou o caso na delegacia.


O Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) repudiou a agressão ao médico e se solidarizou com o profissional. Em nota, a entidade “cobra dos gestores mais segurança na unidade de saúde, pois a falta dela coloca em risco a integridade dos profissionais médicos e ameaça a assistência à população”.

As agressões só pararam quando outros pacientes e funcionários seguraram o homem, que foi embora. Porém, momentos depois, ele voltou em uma moto, usando uma blusa de frio. “Acredito que ele pudesse estar armado e ficou rondando o hospital”, disse.

O médico trabalha na unidade há dois anos. Foi a primeira vez em sua carreira que sofreu alguma agressão. Agora, ele tem receio de continuar os atendimentos no hospital.

“Meu próximo plantão lá é em duas semanas, mas estou pensando em passar esse plantão”, afirmou.