Enfermeiras e enfermeiros de vários estados do Brasil programaram para esta sexta-feira (9) um dia nacional de mobilização pela revogação da liminar do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, que suspendeu o pagamento do piso da categoria, no último domingo (4).


Em Arapiraca, profissionais de Enfermagem também engrossaram o coro das manifestações em favor da causa. Pela área central da capital do Agreste, a categoria pedia respeito. “Respeite a enfermagem, Barroso”, diziam os manifestantes.


“Hoje é o dia que toda enfermagem está no meio da rua reivindicando o piso, que é de direito, que, infelizmente, o ministro Barroso, em uma decisão monocrática, suspendeu o piso da enfermagem(...) O nosso piso precisa ser respeitado, porque lei é pra ser respeitada”, disse a técnica de enfermagem Josy Pereira, uma das organizadoras do ato de rua em Arapiraca.


Ainda de acordo com Josy, em breve, a categoria terá um diretório do sindicato dos profissionais de enfermagem em Arapiraca.


O piso da Enfermagem foi aprovado este ano, na Câmara dos Deputados e no Senado, através do Projeto de Lei (PL) 2564/20, de autoria do senador Fabiano Contarato (PT-ES).


No entanto, a Confederação Nacional de Saúde, Hospitais e Estabelecimentos e Serviços (CNSaúde) alegam dificuldades financeiras de alguns segmentos para o cumprimento da nova norma, que prevê um salário mínimo de R$ 4.750 para enfermeiros, 70% desse valor (R$ 3.325) para técnicos e 50% (R$ 2.375) para auxiliares de enfermagem e parteiras.


Na liminar expedida no domingo, Barroso estipulou um prazo de 60 dias para que entes públicos e privados da área de saúde apresentem detalhes sobre o impacto financeiro da proposta.