Cantor sertanejo é preso suspeito de fraude na compra de respiradores para tratamento da Covid

Por Redação 31/08/2022 15h03
Por Redação 31/08/2022 15h03
Cantor sertanejo é preso suspeito de fraude na compra de respiradores para tratamento da Covid
Cantor sertanejo foi preso na Operação Ar Puro, pela Polícia Federal - Foto: Arquivo Pessoal

A Operação Ar Puro, da Polícia Federal, prendeu na manhã desta quarta-feira (31) o empresário e cantor sertanejo Almir Mattias, em São Paulo. Ele é investigado por fraudar a compra de respiradores para o tratamento da Covid-19 em Guarujá.


Segundo informações do Portal Diário do Nordeste, a PF informou que os equipamentos adquiridos eram proibidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), por serem ineficientes no tratamento dos problemas respiratórios provocados pela Covid-19.


O cantor sertanejo está sendo investigado por suspeita no envolvimento em um esquema de corrupção, responsável por desviar 70% do valor que recebeu para gerenciar os serviços públicos da saúde da Prefeitura de Guarujá. Entre os R$ 153 milhões pagos para investir na área, ele ficou com R$ 109 milhões.


Almir Mattias foi levado para a sede da PF em Santos, onde foi indiciado pelos crimes de corrupção ativa, organização criminosa e lavagem de dinheiro.


Dinheiro desviado para impulsionar carreira


Conforme a Polícia Federal, parte da fortuna desviada teria sido para impulsionar a carreira do cantor sertanejo.


Parte do dinheiro teria sido destinado a empresas ligadas ao empresário, como um salão de beleza, que em plena pandemia, recebeu R$ 12 milhões.


Organização Criminosa


A Polícia Federal suspeita que organização criminosa era liderada pelo prefeito de Guarujá, Valter Suman, e a primeira-dama Edna Suman, tendo ainda o secretário de Educação, Marcelo Nicolau, como operador das transações.


O prefeito negou ter proximidade com Almir Matias em entrevista ao Fantástico. No entanto, há registros de mensagens trocadas com a primeira-dama, Edna Suman, pedindo para ela buscar R$ 50 mil com Almir Matias.


Segundo as investigações, essa ação é propina. O prefeito Valter Suman chegou a ser preso, mas atualmente responde em liberdade.

*Com informações de Diário do Nordeste