Defesa diz que PM foi "provocado" por mulher antes de dar tapa no rosto dela

Por redação com Gazetaweb 02/08/2022 21h09
Por redação com Gazetaweb 02/08/2022 21h09
Defesa diz que PM foi 'provocado' por mulher antes de dar tapa no rosto dela
Mulher agredida - Foto: Reprodução

A defesa do policial militar suspeito de agredir uma mulher em posto de combustíveis na parte alta de Maceió disse à reportagem que o homem foi provocado pela vítima e se controlou até perder "a consciência" e dar um tapa no rosto dela. O caso ocorreu no último domingo (31) e foi gravado por testemunhas. O vídeo repercutiu na internet.

De acordo com o advogado do suspeito, Raimundo Palmeira, o policial está afastado das funções desde setembro de 2021, quando recebeu diagnóstico de depressão.

Segundo Palmeira, no momento da agressão, o PM teria sido provocado e também sido agredido verbalmente com termos vulgares pela mulher. Até o momento do tapa, ele estaria "mantendo o controle", mas "perdeu a consciência".

Nesta terça (2), a delegada Ana Luiza Nogueira pediu a prisão preventiva do policial militar. Ele deverá responder por lesão corporal com violência de gênero, ameaça e injúria.

O advogado informou ainda que o policial aguarda o decreto da prisão preventiva para se apresentar ao Comando Geral da Polícia Militar.

A delegada relatou que, em depoimento, a vítima contou que foi agredida verbalmente antes de ser atingida pelo golpe no rosto e cair no chão. O homem teria agredido, xingado e ainda menosprezado a vítima enquanto mulher, segundo diligências policiais.

O Ministério Público Estadual (MPE) também está acompanhando o caso. De acordo com a promotora Karla Padilha, titular da Promotoria de Controle Externo da Atividade Policial, o órgão aguarda um retorno da Corregedoria da PM a respeito das providências administrativas que estão sendo adotadas para apurar a conduta do agressor.

O vídeo mostra uma discussão entre o policial e a mulher em um posto de combustíveis. Segundos depois, ele dá um tapa no rosto dela, que se desequilibra e cai ao chão. De acordo com a delegada do caso, um dia depois do ocorrido, a mulher ainda relatava não conseguir ouvir direito por causa da agressão.