Após reunião sindical, servidores do Ifal aprovam greve por recomposição salarial

Sem reajuste há mais de 5 anos, docentes e técnicos administrativos reivindicam recomposição salarial de 19,99% e a defesa da educação e do serviço público, ameaçados pela Reforma Administrativa, pelos sucessivos cortes no orçamento e pela Emenda Constitucional nº 95.
Além das reivindicações nacionais, a categoria aprovou a pauta local da defesa das 30 horas para todos os TAEs, que atendem aos requisitos do decreto 1.590/95, e a realização de exames médicos periódicos pelo IFAL, conforme determinado pela lei 8.112/90.
“Estamos em estado de greve há mais de um mês, tivemos várias assembleias de lá para cá, que decidiram manter o estado de greve, mesmo com uma boa parte dos/as colegas já apontando a disposição para aderir à greve imediatamente. O movimento vem ganhando corpo nas duas últimas semanas. Nesse contexto, os servidores e as servidoras do IFAL foram à assembleia para dizer, em alto e bom som, que não aguentavam mais esperar, que o momento da greve é agora. Apesar de ter sido uma assembleia virtual, ao final da votação, a sensação foi de como se estivéssemos todos/as juntos/as, ombro a ombro, exclamando em coro: se a situação é grave, a solução é greve!”, afirmou Yuri Buarque, presidente do Sintietfal.
Com uma participação efetiva de 135 servidores/as e mais de 200 pessoas passando pela Assembleia, a votação pela adesão imediata à greve contou com 73 votos favoráveis, 37 contrários e 4 abstenções. Conforme exige a legislação, a reitoria do Ifal deve ser comunicada da decisão da categoria ainda nesta sexta-feira, 20, e a greve terá início efetivo na segunda, dia 23.
“A assembleia decidiu pela greve em maioria. Foi uma longa discussão, muito verdadeira, sendo colocados os pontos como as dificuldades de aderir à greve e as dificuldades em não aderir à greve neste momento. É, acima de tudo, uma greve contra a desvalorização da educação, contra a inflação que está corroendo todo o poder de compra, contra a PEC 95 e o desinvestimento na educação, que põe em risco o funcionamento de nossa instituição”, disse Elaine Lima, vice-presidenta do Sintietfal.
Debate
A Assembleia teve um grande consenso em apresentar o atual governo como inimigo nº 1 do serviço público e da educação. Para os/as presentes, Bolsonaro representa a destruição do país, com a fome, a miséria e a corrupção, uma ameaça à democracia e à rede federal de ensino. O dissenso existiu com relação em ser o momento ou não para a greve, levando em conta a opinião pública, os dois anos de pandemia, o retorno presencial e a situação dos/as estudantes.
O Comando Nacional de Greve, a Direção Nacional do Sinasefe e a Adufal também contribuíram para o debate nesta Assembleia Geral. Daniel Neri, dirigente sindical do Sinasefe IFMG, descreveu a situação da greve em sua base e o desafio de construir a luta neste momento.
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