Covid-19: complicação associada à doença pode causar comprometimento cardíaco em crianças
Médico explica o que é a Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica, que já registrou mais de 1.500 casos no Brasil

No início da pandemia, a covid-19 parecia se mostrar menos agressiva em crianças, mas, com o avanço das infecções e registro de novas variantes em todo o mundo, complicações associadas à doença passaram a atingir, também, o público infantil. Atualmente, a Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica (SIM-P) tem preocupado pais que ainda têm muitas dúvidas sobre a condição.
De acordo com o Ministério da Saúde, a SIM-P já foi confirmada em mais de 1.500 crianças e adolescentes no Brasil. Outro dado preocupante diz respeito ao comprometimento cardíaco gerado por ela, já que 65% dos meninos ou meninas de cinco a 11 anos apresentaram disfunções cardíacas na evolução do quadro clínico.
O cirurgião cardiovascular do Sistema Hapvida Maceió, Dr. José da Silva Leitão, explica os principais sintomas da Síndrome e alerta para a necessidade da vacinação em crianças, mesmo diante das taxas de hospitalização que são menos comuns nesta fase da vida.
O que é a Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica
A SIM-P é caracterizada por uma resposta inflamatória exacerbada do organismo que ocorre de forma tardia, de duas a quatro semanas após a infecção pela covid-19.
“O principal sintoma é a febre persistente por mais de três dias, além de alterações gastrointestinais, como diarreia, vômito e dor abdominal, e alterações na cavidade oral, como fissura labial, língua inchada e avermelhada”, destaca o médico.
Outros sinais também podem aparecer como manchas avermelhadas na pele, conjuntivite, dor de cabeça, cansaço, falta de ar, dor de garganta, dor no corpo, aumento dos gânglios, inchaço nas mãos e nos pés e até confusão mental.
Entendendo as principais complicações
De acordo com Leitão, a Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica pode acarretar problemas graves no cérebro, fígado, rins e coração.
“A inflamação, que é um mecanismo de proteção, passa a ser um mecanismo de agressão. Um detalhe importante é que as crianças não necessariamente precisam positivar para covid-19 para desenvolver a síndrome, pois ela também pode atingir crianças e adolescentes que tiveram quadros assintomáticos da doença”.
Dilatação das artérias coronárias, aneurisma de artéria e miocardite são algumas das principais complicações cardíacas associadas à SIM-P, ressalta o especialista.
“Por isso, é necessário redobrar a prevenção à covid-19 higienizando bem as mãos e usando máscara de proteção. Crianças não vacinadas também ficam mais suscetíveis à doença. Lembrando que obesos, prematuros, diabéticos, cardiopatas e os pequenos que apresentam Doença de Chron, lúpus ou alterações pulmonares são grupo de risco para a Síndrome”, conclui.
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